Pelo teu amor eu sou doente


O Sporting provou-nos, mais uma vez, que vale a pena esperar e pertencer a uma família que se mantém unida, mesmo na adversidade.


Obrigada. Um agradecimento sentido à equipa do Sporting Clube de Portugal por nos ter dado esta vitória. Vocês não desistiram, mas nós, os adeptos, também não. E, ao fim deste tempo, continuámos a acreditar e a torcer pelas vitórias, sofrendo com as derrotas, sem que isso pusesse em causa a nossa fé no clube ou no sentimento que ora esmorece, ora renasce, sem nunca desaparecer. Afinal, ser sportinguista é isto mesmo. Um coração cheio de esperança, tal e qual o verde do clube, de solidariedade e de força, como o leão. Somos uma família e, como todas as famílias, o sangue que nos une é o mesmo: verde.

Consegui, finalmente, sem nunca deixar de acreditar que este dia iria chegar, mostrar ao meu filho a alma sportinguista. Nos festejos, estarão os leitores a pensar, e que festejos! Também, mas acima de tudo na resiliência que nos marca, que está no nosso ADN – o ADN de leão. Não é para todos, bem sei. Até porque tenho mais dois filhos benfiquistas que sabem bem o que é estar sempre em festa, todavia, o mais pequeno nunca tinha celebrado a vitória de um campeonato e foi aguardando: ia ao estádio e apoiava, esperava pelo momento em que a sua equipa de coração iria lá chegar, nunca cedendo à dúvida do seu amor e da sua escolha. Uma convicção pura que cresceu e amadureceu durante 14 anos, com uma devoção que ostentava ao vestir a camisola a caminho do estádio, e com um desejo que gritava a plenos pulmões sempre o Sporting marcava na baliza adversária. Foram anos e anos a acreditar, a apoiar, a simplesmente estar lá, em nome de uma crença que só via a acontecer aos outros, aos irmãos que iam para o Marquês e gozavam, a bom gozar, com o caçula.

Obrigada, Sporting, por teres conseguido chegar à vitória este ano. Por nos teres provado mais uma vez que vale a pena esperar e pertencer a uma família que se mantém unida, mesmo na adversidade. Somos nós! Ímpares no sofrimento, extraordinários na esperança e exemplares no estoicismo.

A Direção do clube também está de parabéns. Demonstrou firmeza nas suas decisões, clareza na sua estratégia e não abdicou do seu rumo sempre que uns duvidavam e colocavam em causa as suas orientações. A aposta reservada que fez na requalificação das instalações e dos serviços da Academia do Sporting, em Alcochete, valeu-nos a descoberta de jogadores jovens e com espírito leonino, cheios de garra; os 10 milhões que investiu na contratação do Ruben Amorim ao S.C. Braga foi um sinal inequívoco do rumo que traçaram para disputar o primeiro lugar do campeonato; o controlo financeiro que marcou a sua gestão na aquisição de jogadores foi outro indicador de que delinearam uma estratégia abrangente e estruturada para lutar pelo título; e a coragem demonstrada para dizer basta às claques e ao seu comportamento irascível e desordeiro, que só prejudicava a estabilidade do clube, mostrou que estavam à altura de cortar com o que estava instituído e lançar novas âncoras para o futuro.

Vénia seja feita a jovens como Daniel Bragança, com 21 anos, a Tiago Tomás, com 18, a Nuno Mendes, também com 18 primaveras, a Pedro Porro, com 21, e a Pedro Gonçalves, com 22. Foi a união e a ambição destes jovens, aliada à experiência dos elementos da equipa com mais idade, que fizeram do Sporting o campeão nacional de 2021. A média das idades da equipa cifra-se nos 25,4 anos, demonstrando uma aposta nítida na juventude e na sua valência ao serviço do clube. Até o próprio Ruben Amorim é um jovem, com apenas 36 anos.

Impossível não referir Adán, o madrileno que foi uma torre na baliza, com a sua postura calma e confiante; ou o Coates que teve jogos em que foi o homem do jogo pela sua prestação defensiva e até ofensiva, quando foi necessário, nas horas  de maior aperto, chegando a marcar golos e sendo um exemplo do que é ser lutador; ou o João Mário que começou a sua formação no Sporting com apenas 11 anos; e o que dizer do Eduardo Quaresma, que só apetece agarrá-lo e apertar as bochechas de tão engraçado que é, para além de ser um excelente defesa central? Tão cedo não me vou esquecer da encenação da principal cena do filme Titanic, em pleno autocarro, entre ele e o Nuno Mendes.

Só nós sabemos porque não ficamos em casa: porque iremos onde o coração nos levar, sem receio, e faremos o nosso melhor para te ver sempre na frente. Pelo nosso Sporting!

 

Escreve quinzenalmente


Pelo teu amor eu sou doente


O Sporting provou-nos, mais uma vez, que vale a pena esperar e pertencer a uma família que se mantém unida, mesmo na adversidade.


Obrigada. Um agradecimento sentido à equipa do Sporting Clube de Portugal por nos ter dado esta vitória. Vocês não desistiram, mas nós, os adeptos, também não. E, ao fim deste tempo, continuámos a acreditar e a torcer pelas vitórias, sofrendo com as derrotas, sem que isso pusesse em causa a nossa fé no clube ou no sentimento que ora esmorece, ora renasce, sem nunca desaparecer. Afinal, ser sportinguista é isto mesmo. Um coração cheio de esperança, tal e qual o verde do clube, de solidariedade e de força, como o leão. Somos uma família e, como todas as famílias, o sangue que nos une é o mesmo: verde.

Consegui, finalmente, sem nunca deixar de acreditar que este dia iria chegar, mostrar ao meu filho a alma sportinguista. Nos festejos, estarão os leitores a pensar, e que festejos! Também, mas acima de tudo na resiliência que nos marca, que está no nosso ADN – o ADN de leão. Não é para todos, bem sei. Até porque tenho mais dois filhos benfiquistas que sabem bem o que é estar sempre em festa, todavia, o mais pequeno nunca tinha celebrado a vitória de um campeonato e foi aguardando: ia ao estádio e apoiava, esperava pelo momento em que a sua equipa de coração iria lá chegar, nunca cedendo à dúvida do seu amor e da sua escolha. Uma convicção pura que cresceu e amadureceu durante 14 anos, com uma devoção que ostentava ao vestir a camisola a caminho do estádio, e com um desejo que gritava a plenos pulmões sempre o Sporting marcava na baliza adversária. Foram anos e anos a acreditar, a apoiar, a simplesmente estar lá, em nome de uma crença que só via a acontecer aos outros, aos irmãos que iam para o Marquês e gozavam, a bom gozar, com o caçula.

Obrigada, Sporting, por teres conseguido chegar à vitória este ano. Por nos teres provado mais uma vez que vale a pena esperar e pertencer a uma família que se mantém unida, mesmo na adversidade. Somos nós! Ímpares no sofrimento, extraordinários na esperança e exemplares no estoicismo.

A Direção do clube também está de parabéns. Demonstrou firmeza nas suas decisões, clareza na sua estratégia e não abdicou do seu rumo sempre que uns duvidavam e colocavam em causa as suas orientações. A aposta reservada que fez na requalificação das instalações e dos serviços da Academia do Sporting, em Alcochete, valeu-nos a descoberta de jogadores jovens e com espírito leonino, cheios de garra; os 10 milhões que investiu na contratação do Ruben Amorim ao S.C. Braga foi um sinal inequívoco do rumo que traçaram para disputar o primeiro lugar do campeonato; o controlo financeiro que marcou a sua gestão na aquisição de jogadores foi outro indicador de que delinearam uma estratégia abrangente e estruturada para lutar pelo título; e a coragem demonstrada para dizer basta às claques e ao seu comportamento irascível e desordeiro, que só prejudicava a estabilidade do clube, mostrou que estavam à altura de cortar com o que estava instituído e lançar novas âncoras para o futuro.

Vénia seja feita a jovens como Daniel Bragança, com 21 anos, a Tiago Tomás, com 18, a Nuno Mendes, também com 18 primaveras, a Pedro Porro, com 21, e a Pedro Gonçalves, com 22. Foi a união e a ambição destes jovens, aliada à experiência dos elementos da equipa com mais idade, que fizeram do Sporting o campeão nacional de 2021. A média das idades da equipa cifra-se nos 25,4 anos, demonstrando uma aposta nítida na juventude e na sua valência ao serviço do clube. Até o próprio Ruben Amorim é um jovem, com apenas 36 anos.

Impossível não referir Adán, o madrileno que foi uma torre na baliza, com a sua postura calma e confiante; ou o Coates que teve jogos em que foi o homem do jogo pela sua prestação defensiva e até ofensiva, quando foi necessário, nas horas  de maior aperto, chegando a marcar golos e sendo um exemplo do que é ser lutador; ou o João Mário que começou a sua formação no Sporting com apenas 11 anos; e o que dizer do Eduardo Quaresma, que só apetece agarrá-lo e apertar as bochechas de tão engraçado que é, para além de ser um excelente defesa central? Tão cedo não me vou esquecer da encenação da principal cena do filme Titanic, em pleno autocarro, entre ele e o Nuno Mendes.

Só nós sabemos porque não ficamos em casa: porque iremos onde o coração nos levar, sem receio, e faremos o nosso melhor para te ver sempre na frente. Pelo nosso Sporting!

 

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