“Mulher sentada junto a uma janela” de Pablo Picasso vendida em leilão por 85 milhões de euros

“Mulher sentada junto a uma janela” de Pablo Picasso vendida em leilão por 85 milhões de euros


A licitação do retrato da amante de Picasso, “’Femme assise près d’une fenêtre”, começou nos 45 milhões de dólares, mas depressa ultrapassou os 55 milhões, superando todas as previsões.


O grande retrato de cores vivas e vibrantes, onde Pablo Picasso retratou a sua musa e amante Marie-Thérèse Walter foi leiloado no dia 13 de maio, passada quinta-feira, na casa de leilões Christie's em Nova Iorque e arrecadou 103,4 milhões de dólares (85 milhões de euros) após taxas e comissões terem sido acrescentadas.

A licitação do quadro começou nos 45 milhões de dólares e depressa ultrapassou 55 milhões, valor aproximado que os especialistas da casa de leilões lhe havia atribuído. A quantia exorbitante foi alcançada após uma batalha de quase 20 minutos entre dois compradores que fizeram as suas propostas por telemóvel, através de dois representantes da casa de leilões, que aumentaram o valor de uma forma gradual, mas segura.

A peça, de quase um metro e meio de altura por 1,14 metros de largura, é considerada uma obra excepcional de Picasso, já que o pintor espanhol normalmente pintava Marie-Thérèse deitada, nua, com os olhos fechados e perdida no próprio pensamento. Além disso, foi pintado em 1932, no Château de Boisgeloup de Picasso, na Normandia, e faz parte de uma série de retratos de Marie-Thérèse que foram exibidos na exposição ‘Picasso, 1932: Love, Fame, Tragedy’, que em 2017 e 2018 foi visto na Tate Modern, em Londres, e no Museu Picasso, em Paris.

"Toda a gente quer uma das suas obras de 1932", explicou Vanessa Fusco, co-diretora do leilão de Arte do Século XX, na Christie's.

A curvilínea pintura cubista mostra Marie-Thérèse, que conheceu Picasso aos 17 anos, quando o pintor já tinha 45 anos. No quadro, a “musa” do pintor, apresenta-se sentada numa cadeira preta em frente a uma janela, vestida de vermelho e verde.

A venda confirma a vitalidade do mercado de arte, que não sofreu os efeitos da pandemia, mas também o estatuto especial do artista espanhol Pablo Picasso (1881-1973).