CDS e as medidas anticorrupção do Governo: “Pozinhos de cosmética para fazer de conta”

CDS e as medidas anticorrupção do Governo: “Pozinhos de cosmética para fazer de conta”


Para o líder dos centristas, a corrupção não é um fenómeno exclusivo de Portugal, mas “a impunidade começa a ser”.


Francisco Rodrigues dos Santos disse, esta sexta-feira, que as medidas de combate à corrupção anunciadas pelo Governo são como “pozinhos de cosmética para fazer de conta”.

“Ontem [quinta-feira] ouvi as medidas anunciadas pela ministra da Justiça e fiquei com a sensação de que se disseram apenas umas atoardas, uns lugares-comuns, e que se usam uns pozinhos de cosmética para fazer de conta que se faz alguma coisa e ficar tudo exatamente na mesma”, afirmou o líder do CDS-PP, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à orla costeira de Ovar.

Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que gostaria de ter visto Francisca van Dunem “a secundar as medidas do CDS e ter a coragem de apresentar respostas para combater a corrupção e garantir a transparência na magistratura”.

Para o líder dos centristas, a corrupção não é um fenómeno exclusivo de Portugal, mas “a impunidade começa a ser”. Francisco Rodrigues dos Santos disse que esperava do Executivo socialista “uma atitude mais bélica, mais forte e mais musculada”. Contudo, não ficou surpreendido, uma vez que, na sua opinião, “o PS é pródigo em manter as coisas como estão”.

O líder do CSD defendeu que “devem ser consideradas para avaliação dos juízes as decisões revertidas em recurso e tidas como erros grosseiros pelos tribunais superiores”, que o Governo deve ficar “inibido de interferir na autorização para que magistrados pudessem ocupar lugares internacionais para não se repetir a vergonha do caso do procurador europeu” e que “deve haver um reforço da exclusividade nas funções dos magistrados para se acabar com a promiscuidade entre a política e a magistratura”. Propostas estas que teria gostado de ouvir.