Pelo menos oito pessoas morreram em Damask, nordeste da Nigéria, após o quarto ataque desde sábado pelos jihadistas do grupo do Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), que causou também milhares de refugiados, segundo as Nações Unidas e fontes locais.
"O Gabinete do Alto-Comissário para os Refugiados [ACNUR] está muito preocupado com o violento ataque a Damasak, no estado de Borno, que deixou oito pessoas mortas e pelo menos 12 feridas", informou a agência da ONU, numa nota enviada à agência France-Presse (AFP).
"Segundo as primeiras informações que recebemos dos nossos contactos no local, os atacantes queimaram edifícios, a esquadra de polícia, a clínica, as casas dos funcionários, bem como os escritórios do ACNUR", prossegue a nota.
O ACNUR estima que 8.000 pessoas tenham atravessado a fronteira para o Níger, juntando-se aos imensos refugiados e deslocados que partiram nos últimos dias para o país vizinho, mas também para sul, em direção a Maiduguri, a capital de Borno.
Por seu lado, o funcionário do governo local Mustapha Bunu Kolo disse que o ataque, que durou quase 10 horas, causou 10 mortos.
"A destruição a que assistimos não tem precedentes", relatou à agência AFP, prosseguindo: "Atacaram a cidade no preciso momento em que as pessoas estavam a quebrar o seu Ramadão rapidamente".
Os ataques anteriores, no sábado, terça e quarta-feira, tinham causado a destruição de instalações humanitárias e deixaram pelo menos quatro pessoas mortas, incluindo um soldado. Na terça-feira à noite, incendiaram uma esquadra de polícia após não terem assumido o controlo da base militar local.