O culto do poder


Na edição de ontem, falámos com vários empresários de sucesso do país que não quiseram dar a cara para não se envolverem nessa guerra, mas assumiram que Elidérico falou verdade. Alguns dos ouvidos até têm obra publicada sobre o valor dos prémios.


É triste olhar para este país e vermos como a cultura do poder está instalada, onde não faltam os lacaios que adoram fazer o trabalho do Governo ou outro qualquer organismo estatal.

Ontem foi bem o exemplo disso. Mas comecemos pela sexta-feira, quando Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, deu uma entrevista ao i e assumiu que muitos dos prémios que o país recebe são comprados. No dia seguinte, Viegas foi obrigado a demitir-se embora pense que as críticas ao Governo também o tenham tramado.

Na edição de ontem, falámos com vários empresários de sucesso do país que não quiseram dar a cara para não se envolverem nessa guerra, mas assumiram que Elidérico falou verdade. Alguns dos ouvidos até têm obra publicada sobre o valor dos prémios.

Mas, enfim. Ontem em vários programas televisivos tentou desmentir-se a história dos prémios serem pagos e que se assim fosse os países mais ricos ganhariam sempre. É triste olhar para alguns jornalistas – alguns dos quais com excelentes relações com o partido do Governo… – e que falam do que não sabem e nem se deram ao trabalho de pesquisar um pouco. 

Se tivessem ido ao site do World Travel Awards, percebiam facilmente que tudo o que Elidérico disse, à semelhança dos empresários ouvidos pelo i, é verdade. Percebiam quanto custa cada distinção e de como até a cerimónia de entrega dos prémios ficou em 80 mil euros à Madeira, em 2019, e que cada um dos galardoados teve de pagar, no mínimo, 500 euros pelo jantar. Além de uma série de extras, que aquela rapaziada não brinca em serviço.

Mas vamos à questão dos outros países mais ricos não pagarem para entrarem nesta fantochada… É simples, eles sabem que tudo não passa de uma festa para enganar novos-ricos e que ninguém liga a tal distinção. Ah! Quando a organização diz que votaram dois milhões é só porque não se lembrou de falar em 500 milhões. Afinal, ninguém controla a autenticidade dos prémios, nem ninguém sabe quantas pessoas votaram. Está tudo no segredo dos deuses, leia-se organização.

 

O culto do poder


Na edição de ontem, falámos com vários empresários de sucesso do país que não quiseram dar a cara para não se envolverem nessa guerra, mas assumiram que Elidérico falou verdade. Alguns dos ouvidos até têm obra publicada sobre o valor dos prémios.


É triste olhar para este país e vermos como a cultura do poder está instalada, onde não faltam os lacaios que adoram fazer o trabalho do Governo ou outro qualquer organismo estatal.

Ontem foi bem o exemplo disso. Mas comecemos pela sexta-feira, quando Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, deu uma entrevista ao i e assumiu que muitos dos prémios que o país recebe são comprados. No dia seguinte, Viegas foi obrigado a demitir-se embora pense que as críticas ao Governo também o tenham tramado.

Na edição de ontem, falámos com vários empresários de sucesso do país que não quiseram dar a cara para não se envolverem nessa guerra, mas assumiram que Elidérico falou verdade. Alguns dos ouvidos até têm obra publicada sobre o valor dos prémios.

Mas, enfim. Ontem em vários programas televisivos tentou desmentir-se a história dos prémios serem pagos e que se assim fosse os países mais ricos ganhariam sempre. É triste olhar para alguns jornalistas – alguns dos quais com excelentes relações com o partido do Governo… – e que falam do que não sabem e nem se deram ao trabalho de pesquisar um pouco. 

Se tivessem ido ao site do World Travel Awards, percebiam facilmente que tudo o que Elidérico disse, à semelhança dos empresários ouvidos pelo i, é verdade. Percebiam quanto custa cada distinção e de como até a cerimónia de entrega dos prémios ficou em 80 mil euros à Madeira, em 2019, e que cada um dos galardoados teve de pagar, no mínimo, 500 euros pelo jantar. Além de uma série de extras, que aquela rapaziada não brinca em serviço.

Mas vamos à questão dos outros países mais ricos não pagarem para entrarem nesta fantochada… É simples, eles sabem que tudo não passa de uma festa para enganar novos-ricos e que ninguém liga a tal distinção. Ah! Quando a organização diz que votaram dois milhões é só porque não se lembrou de falar em 500 milhões. Afinal, ninguém controla a autenticidade dos prémios, nem ninguém sabe quantas pessoas votaram. Está tudo no segredo dos deuses, leia-se organização.