A revolta da gleba versus maturidade política


Dizem que é ‘o povo quem mais ordena’, então o povo só tem que se organizar para aprender a votar naqueles que estão mais bem preparados para dirigir melhor o país.


Quando nos anos 60 do século passado, começámos a estudar Ciência Política, era quase proibido ter opinião própria e também não fazia grande diferença, por que o ‘regime’ não a publicava, já que o coronel Páscoa, da censura, depois ‘exame prévio se encarregava de truncar toda e qualquer opinião que não estivesse em sintonia com o Governo da nação.

Era de facto um regime pouco democrático, embora em certos aspetos seguisse um caminho com laivos de democracia, quando escolhia certas pessoas, para certos cargos, pela competência, personalidades com cultura e com preparação, por que quanto ao resto, não era diferente do de hoje, ou seja, honestidade, só alguns a tinham, e a têm, e isso o atual Ministério Público pode subscrevê-lo. No entanto gostaríamos de dar um exemplo, que espantou Portugal e o mundo, quando Salazar nomeou para ministro do Exército, para mandar em generais, um capitão, por que era o mais bem preparado para o cargo.

Hoje, em democracia, era impossível, os generais não permitiriam tal afronta. Volvidos mais de 50 anos, com alguma experiência, podemos chamar a este regime de ‘mediocracia’, em oposição à democracia. Mas tudo tem o seu tempo, e nós, que temos pouco tempo pela frente, já ultrapassámos o tempo de revolta, do protesto viril e da indignação, para passarmos a outro plano que é o da indiferença, em relação ao poder político, e focarmos a nossa a tenção apenas, e tão-só, na sociedade civil, o resto não interessa nada, pois se alguma coisa está mal, a culpa é da sociedade civil, por que vota em políticos, alguns, sem princípios e a serem investigados, pelo Ministério Público por fraudes e até crimes mais graves.

Dizem que é ‘o povo quem mais ordena’, então o povo só tem que se organizar para aprender a votar naqueles que estão mais bem preparados para dirigir melhor o país. Também é preciso não esquecer que não podemos contar com aqueles que dizendo-se democratas apenas nos querem impor a Ditadura, como o PCP e o BE.

Aqui chegados, podemos dizer que estamos entregues a nós próprios e que temos que ser nós a traçar o nosso destino, não podemos, nem devemos, permitir que outros o façam por nós. Daí não interessar nada o que o Ministério da Educação pensa sobre a educação, ou sobre a juventude, ou o outro Ministério que não foi capaz de se organizar para impedir mais de uma centena de mortos, nos incêndios, ou o outro que nada faz para reduzir os mortos na estrada, ou etc., etc., aquele outro que não consegue acabar com a droga nas escolas e faculdades.

Enfim, o que precisamos é de uma educação mais efetiva, no seio da família, de uma escola com professores que ensinem e que formem homens e mulheres, com caráter, com dignidade e respeito por si próprios e pelos outros, com espírito de cidadania.

O que precisamos é de acordar desta letargia em que estamos e que percebamos, de vez, que temos futebol a mais e educação a menos. 

 

A revolta da gleba versus maturidade política


Dizem que é ‘o povo quem mais ordena’, então o povo só tem que se organizar para aprender a votar naqueles que estão mais bem preparados para dirigir melhor o país.


Quando nos anos 60 do século passado, começámos a estudar Ciência Política, era quase proibido ter opinião própria e também não fazia grande diferença, por que o ‘regime’ não a publicava, já que o coronel Páscoa, da censura, depois ‘exame prévio se encarregava de truncar toda e qualquer opinião que não estivesse em sintonia com o Governo da nação.

Era de facto um regime pouco democrático, embora em certos aspetos seguisse um caminho com laivos de democracia, quando escolhia certas pessoas, para certos cargos, pela competência, personalidades com cultura e com preparação, por que quanto ao resto, não era diferente do de hoje, ou seja, honestidade, só alguns a tinham, e a têm, e isso o atual Ministério Público pode subscrevê-lo. No entanto gostaríamos de dar um exemplo, que espantou Portugal e o mundo, quando Salazar nomeou para ministro do Exército, para mandar em generais, um capitão, por que era o mais bem preparado para o cargo.

Hoje, em democracia, era impossível, os generais não permitiriam tal afronta. Volvidos mais de 50 anos, com alguma experiência, podemos chamar a este regime de ‘mediocracia’, em oposição à democracia. Mas tudo tem o seu tempo, e nós, que temos pouco tempo pela frente, já ultrapassámos o tempo de revolta, do protesto viril e da indignação, para passarmos a outro plano que é o da indiferença, em relação ao poder político, e focarmos a nossa a tenção apenas, e tão-só, na sociedade civil, o resto não interessa nada, pois se alguma coisa está mal, a culpa é da sociedade civil, por que vota em políticos, alguns, sem princípios e a serem investigados, pelo Ministério Público por fraudes e até crimes mais graves.

Dizem que é ‘o povo quem mais ordena’, então o povo só tem que se organizar para aprender a votar naqueles que estão mais bem preparados para dirigir melhor o país. Também é preciso não esquecer que não podemos contar com aqueles que dizendo-se democratas apenas nos querem impor a Ditadura, como o PCP e o BE.

Aqui chegados, podemos dizer que estamos entregues a nós próprios e que temos que ser nós a traçar o nosso destino, não podemos, nem devemos, permitir que outros o façam por nós. Daí não interessar nada o que o Ministério da Educação pensa sobre a educação, ou sobre a juventude, ou o outro Ministério que não foi capaz de se organizar para impedir mais de uma centena de mortos, nos incêndios, ou o outro que nada faz para reduzir os mortos na estrada, ou etc., etc., aquele outro que não consegue acabar com a droga nas escolas e faculdades.

Enfim, o que precisamos é de uma educação mais efetiva, no seio da família, de uma escola com professores que ensinem e que formem homens e mulheres, com caráter, com dignidade e respeito por si próprios e pelos outros, com espírito de cidadania.

O que precisamos é de acordar desta letargia em que estamos e que percebamos, de vez, que temos futebol a mais e educação a menos.