Viseu. Jovem identificada em direto do Instagram nega violação mas diz que foi alvo de assédio

Viseu. Jovem identificada em direto do Instagram nega violação mas diz que foi alvo de assédio


No vídeo em questão, um jovem revela que violou uma mulher, que teve de ser socorrida pelo INEM. 


A jovem, identificada como a vítima de uma violação durante um direto na rede social Instagram, disse que não foi violada mas sim alvo de assédio por parte do jovem que fez a confissão.

Recorde-se que um vídeo em que um jovem assume ter violado uma mulher gerou indignação nas redes sociais e o caso foi denunciado ao Ministério Público (MP). 

Rita, que foi identificada no referido direto, mas que prefere manter a sua imagem anónima, revelou, em declarações à TVI, que tudo aconteceu durante um encontro entre ambos, no parque da cidade de Viseu, há cerca de quatro anos.

"Fui ter com ele ao parque para estarmos juntos e depois ele virou-se para mim e disse: 'Vamos ali à casa de banho do parque'. E eu disse: 'Não, não vou. Não quero ter nada contigo, não vou'. Depois, ele tentou, mas não conseguiu nada. Tentou pôr a mão, mas eu não deixei. Voltei a dizer que não, voltei costas e fui embora. Não tivemos muito contacto depois", explicou a jovem, de 19 anos.

Rita diz que sentiu “nojo” do sucedido e que decidiu não voltar a falar com o jovem. Sobre o facto de não ter apresentado queixa, a rapariga confessa que, na altura, não achou que a situação fosse “assim muito grave”.

"Naquela altura, não tinha bem noção do que se tinha passado", confessou, referindo que o alegado agressor é uma pessoa problemática.

Rita, que disse ainda que namorou com o jovem em causa durante uns meses antes deste incidente, diz que quer “justiça”, uma vez que se sente difamada.

Recorde-se que no vídeo em questão, o jovem revela que violou uma mulher, que teve de ser socorrida pelo INEM, depois de ser questionado sobre a coisa “mais bizarra” que já tinha feito durante um ato sexual.

Na altura, fonte da PSP admitiu que as declarações podiam não ser verdade.

“O indivíduo está institucionalizado e a própria diretora do lar que acolhe o rapaz diz que ele às vezes tem alguma imaginação e não tem muita noção dos seus atos”, disse o comandante da PSP de Viseu, Vítor Rodrigues, à agência Lusa.