WhatsApp ameaça bloquear utilizadores que não aceitem nova política de privacidade

WhatsApp ameaça bloquear utilizadores que não aceitem nova política de privacidade


Esta nova política de privacidade tem sido alvo de criticas desde o seu anúncio em janeiro, devido à inclusão de uma cláusula que autoriza o compartilhamento de dados com o Facebook.


A aplicação WhatsApp anunciou que vai limitar o acesso às mensagens a quem não aceitar os novos Termos de Serviço e a Política de Privacidade até ao dia 15 de maio. A atualização das normas já deveriam estar em vigor, mas a data para aceitar foi prolongada.

Se decidir não aceitar esta alteração, o utilizador poderá manter a conta ativa, mas não poderá “usar alguns recursos do WhatsApp”, lê-se no site da aplicação, que acrescenta que “por um curto período, poderá receber chamadas e notificações, mas não poderá ler nem enviar mensagens”.

Esta nova política de privacidade tem sido alvo de criticas desde o seu anúncio em janeiro, devido à inclusão de uma cláusula que autoriza a partilha de dados com o Facebook. Recorde-se que Mark Zuckerberg aumentou o seu monopólio de redes sociais quando adquiriu o Whatsapp em 2014, juntando-a às duas grandes redes sociais, Facebook e Instagram.

As novas medidas afastaram milhões de utilizadores que apagaram as suas contas. A partir de agora, os seus dados serão partilhados com outras empresas do Facebook: as informações de registo (como número de telefone); o endereço de IP; as informações sobre o dispositivo usado (como a bateria, a operadora ou a força do sinal); os dados de transação e pagamentos (incluindo negócios). Para além destas normas, também irá haver um cruzamento de dados dos utilizadores que tenham conta nas aplicações Facebook, Messenger e Instagram.

Porém, a empresa assegura que as mensagens, áudios vídeos e imagens enviadas e recebidas não serão partilhadas com nenhuma plataforma. A utilização da criptografia de ponta a ponta é uma técnica que o WhatsApp usa para proteger os dados enviados, de forma a restringir o acesso do conteúdo enviado apenas para quem envia e quem recebe.

Já as mensagens trocadas com empresas e lojas (como serviços de apoio ao cliente) não são abrangidas por esta técnica. Como estes serviços utilizam plataformas de gestão de chats, o WhatsApp não consegue garantir a eficácia da criptografia de ponta a ponta, e por isso, as informações acedidas pelas empresas podem ser utilizadas para produzir anúncios mais personalizados nas várias plataformas detidas por Zuckerberg.

Portanto, já sabe. Se quiser continuar no WhatsApp, a ler e enviar mensagens tem de aceitar obrigatoriamente os novos Termos de Serviço e a Política de Privacidade. A única opção é apagar a conta, após exportar o histórico de conversas. Contudo, a plataforma avisa que “essa ação é irreversível porque apagará o histórico de mensagens, removerá dos grupos dos quais participa e apagará os seus backups do WhatsApp”.