Portugal registou, nas últimas 24 horas, 1.944 novos casos de covid-19 e 105 mortes associadas à doença. De acordo com o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), revelado esta quinta-feira, o país soma agora um total acumulado de 792.829 infetados e 15.754 óbitos.
Menos casos
O número diário de novos casos é ligeiramente mais baixo do que aquele que foi registado na quarta-feira (2.324) e muito inferior ao verificado há uma semana, quando tinham sido diagnosticados 3.480 novos casos. Lisboa e Vale do Tejo mais afetada Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais afetada pela pandemia, tendo registado 969 casos nas últimas 24 horas. Segue-se o Norte (489 novos contágios), o Centro (287), o Alentejo (59) e o Algarve (56). Na Madeira há mais 68 infetados e nos Açores mais 16.
Óbitos
O número diário de mortes também é inferior ao do último balanço, quando morreram 127 pessoas – ainda assim continua acima da centena. Mais de metade dos óbitos (56) ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo – que continua a ser a região mais fustigada –, 20 foram no Norte, 17 no Centro, seis no Alentejo e seis no Algarve. Nos arquipélagos não se registou qualquer morte associada à doença.
Faixas etárias e género
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, constatando-se o maior número de infeções entre os 20 e os 59 anos. O novo coronavírus já infetou, em Portugal, pelo menos, 358.353 homens e 434.201 mulheres, referem os dados da DGS, segundo os quais há 275 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática. É ainda importante salientar que, do total de vítimas mortais, 8.221 eram homens e 7.533 mulheres. O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.
Quebra nos internamentos
O número de doentes internados desceu pelo terceiro dia consecutivo. Há agora 3.819 pessoas hospitalizadas, menos 318 do que no dia anterior. É a primeira vez desde 11 de janeiro, quando estavam 3.983 pessoas internadas, que este número se fixa abaixo dos 4.000. Nos Cuidados Intensivos estão 688 pessoas, menos 31 do que no dia anterior.
“Estamos muito longe” do desconfinamento “Temos reduzido de forma muito significativa o número de novos infetados, contudo, temos de chamar a atenção que esse não é o único indicador para o qual devemos olhar”, começou por explicar a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
A ministra considera necessário “acautelar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente em número de internamentos e em particular em intensivos e também o número de óbitos”. Na ótica de Vieira da Silva, “nestas duas variáveis ainda que existam reduções, estamos muito longe de números que permitam começar a avançar para o desconfinamento em breve”.
Vacinação indevida
O Ministério Público já abriu 33 inquéritos-crime a casos de uso indevido de vacinas contra a covid-19. Recorde-se que, há cerca de duas semanas, a Procuradoria-Geral da República (PGR) indicava que tinham sido abertas nove investigações. Entre os novos inquéritos, estão casos de vacinação de responsáveis autárquicos de Lisboa, Portimão e Reguengos de Monsaraz. Foram também instaurados inquéritos relativamente a factos noticiados sobre instituições particulares de solidariedade social de Castelo Branco, Farminhão, Resende e Trancoso. De acordo com a PGR, foram abertos dez inquéritos em Coimbra, oito em Évora e no Porto e sete em Lisboa.
Política comum para testes rápidos
Sob a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, o Comité de Segurança da Saúde da UE estabeleceu uma lista comum de testes rápidos para a covid-19, baseada na recomendação definida em consenso com os 27 membros-estados, no dia 21 de janeiro.
Nas últimas 24 horas, mais 4.401 pessoas foram dadas como recuperadas, elevando para 687.462 o total de pessoas que venceram a doença no país. Atualmente existem 89.613 casos ativos de infeção, menos 2.562 do que na quarta-feira.