O dirigente do CDS, vice-presidente, e um dos principais rostos da atual direção centrista, Filipe Lobo d´Àvila demitiu-se na quarta-feira à noite, confirmou o próprio ao jornal i. Trata-se de uma baixa de peso para Francisco Rodrigues dos Santos, até porque o ex-deputado é o líder do grupo Juntos pelo Futuro e angariu 14,5 por cento dos votos no congresso do CDS em janeiro de 2020.
Foi, aliás, a sua votação há um ano, aliada ao resultado de Francisco Rodrigues dos Santos, que permitiu ao atual presidente do CDS vingar no último congresso. Por isso, esta demissão abre caminho a um conselho nacional extraordinário do partido para definir um congresso extraordinário eletivo. As razões da saída de Filipe Lobo d´Àvila prendem-se sobretudo pelas dificuldades de o CDS conseguir transmitir a mensagem.
De saída estão também nomes como Raúl Almeida e Isabel Menéres Campos. Lobo d´Àvila está fora de qualquer corrida eleitoral.
Estas demissões surgem menos de 24 horas depois de Adolfo Mesquista Nunes. ex-vice-presidente do CDS, ter desafiado o líder do CDS para marcar um conselho nacional com vista a um congresso eletivo extraordinário.
Adolfo Mesquista Nunes escreveu esse desafio num artigo de opinião, mas na véspera avisou vários conselheiros nacionais do partido de que o iria fazer.