Vice-presidente do Parlamento pede detenção de Guaidó

Vice-presidente do Parlamento pede detenção de Guaidó


A Comissão especial aprovou a proibição da saída do país e detenção de Guaidó e de deputados aliados.


A vice-presidente do Parlamento chavista da Venezuela, Iris Varela, deu 48 horas às autoridades para deterem o líder da oposição, Juan Guaidó, e os restantes deputados opositores do anterior período legislativo.

“Acho que dar 48 horas é um prazo prudente. 48 horas para que o Poder Judicial proceda a emitir um mandado de detenção contra Juan Guaidó”, disse a vice-presidente do Parlamento, durante a sessão de instalação da Comissão Especial para Investigar os Danos à República (CEPIDR).

Em sessão permanente durante os próximos 30 dias, a nova comissão aprovou o apelo para proibir a saída do país e da detenção dos deputados simpatizantes de Juan Guaidó, que deveriam ter cessado funções, pelo delito de usurpação do cargo.

A CEPIDR, presidida pelo deputado José Brito, que em dezembro de 2019 foi expulso do partido opositor, Primeiro Justiça, por suspeitas de “encobrir ou proteger atos de corrupção cometidos pelo regime”, explicou que vai ser garantido o devido processo e o direito à defesa dos antigos parlamentares.

Questionado pelos jornalistas, José Brito disse não perceber por que razão o líder opositor Juan Guaidó ainda não está detido.

Não é certo qual será a reação dos Estados Unidos a esta notícia, uma vez que na terça-feira, o novo secretário de Estado, Anthony Blinken, anunciou que o Presidente eleito, Joe Biden, irá reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.