Kremlin não cede a pressão para libertar Navalny

Kremlin não cede a pressão para libertar Navalny


“Trata-se de um assunto interno e nós não vamos permitir a ingerências de ninguém”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitir Peskov.


O Kremlin disse hoje que não vai ceder aos "pedidos ocidentais" para libertar o dirigente da oposição Alexei Navalny e demonstrou preocupação sobre os apelos aos "protestos" ilegais na Rússia. 

 

"Trata-se de um assunto interno e nós não vamos permitir a ingerências de ninguém", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitir Peskov.

O mesmo responsável declarou também que o Kremlin "considera" preocupantes "os apelos" de Navalny para a realização de protestos contra a prisão de que foi alvo no domingo. "Isto pode ser analisado para que seja determinado se é um apelo a ações ilegais", disse Peskov. 

Na Rússia, as manifestações políticas necessitam de uma autorização obrigatória sendo que no contexto de crise sanitária as reuniões estão interditadas.

O opositor russo Alexei Navalny, detido no seu regresso à Rússia no domingo, deve ser julgado na quarta-feira por difamação de um veterano da II Guerra Mundial, crime punível com multa ou prisão, anunciaram hoje os seus advogados.

Navalny foi preso ao voltar de Berlim, no domingo, e ficará em prisão preventiva pelo menos até 15 de fevereiro por ter violado as medidas de controlo judicial – por estar em condicional, relacionada a outro processo na justiça russa – ao procurar tratamento médico no estrangeiro.