O primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, renovou hoje no Senado o pedido de apoio ao seu governo que fez na segunda-feira na Câmara dos Deputados, cujo voto de confiança conseguiu.
Apelou assim às forças europeístas para lhe permitirem continuar a governar após a "irresponsável" crise criada com a saída da coligação governamental da formação Itália Viva, de Matteo Renzi.
Num discurso interrompido por protestos da oposição e aplausos dos apoiantes, Conte sublinhou que "os números são importantes, mas a qualidade do projeto político ainda é mais".
O primeiro-ministro não terá a maioria absoluta de 161 votos no Senado, mas a Constituição permite que continue à frente do executivo com uma maioria simples.
Como no dia anterior frente aos deputados, Conte enumerou as conquistas do seu governo e as necessidades decorrentes da pandemia da covid-19, assegurando que para continuar precisa do apoio "de forças parlamentares dispostas, conscientes das dificuldades que (a Itália) atravessa e da sensibilidade das tarefas, (…) homens e mulheres capazes de fugir do egoísmo e afastar a tentação de procurar o lucro pessoal".
"A todos que têm no coração o destino de Itália, peço-lhe hoje: Ajudem-nos", declarou Conte, reiterando o apelo de segunda-feira.
Após o debate, Conte voltará a falar durante a tarde e a votação deverá ocorrer por volta das 21:00 locais (20:00 em Lisboa).