Eventos. Novo confinamento já custou mais de um milhão de euros ao setor

Eventos. Novo confinamento já custou mais de um milhão de euros ao setor


Desde que Governo anunciou intenção de confinamento, no final da semana passada, foram já cancelados 125 eventos que iriam decorrer entre janeiro e abril.


Desde que o Governo anunciou, no final da semana passada, a intenção de um novo confinamento como o de março e abril, já foram cancelados mais de 125 eventos por todo o país que se realizariam entre janeiro e abril.

As contas são da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) que garante que estes cancelamentos significam perdas superiores a um milhão de euros na faturação das empresas do setor. A APSTE “teme que após a confirmação desta decisão o cenário piore substancialmente”.

“Ao contrário do que acontece com outros setores de atividade, também bastante afetadas por este contexto, a verdade é que grande parte das nossas empresas estão praticamente sem trabalhar desde março do ano passado e algumas das medidas mais recentes tomadas pelo Governo, ao limitar eventos corporativos até cinco pessoas, por exemplo, só vieram destruir o pouco que havia”, explica Pedro Magalhães, presidente da APSTE, acrescentando que “agora, que começava a surgiu algum trabalho e vários dos nossos associados já tinham eventos agendados até abril, surge esta nova ameaça de confinamento que significa a perda imediata de receitas fundamentais para a sobrevivência de várias empresas”.

O responsável avança ainda, em comunicado, que a associação não está indiferente à situação do país e ao problema sanitário “mas é incrível como se parte para um novo confinamento geral quando a saúde financeira das empresas é praticamente inexistente”, acusa.

Na sua opinião, “os apoios não são suficientes para garantir a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho, porque nada compensa a perda de receitas motivada pela proibição de trabalhar”.

Assim, diz Pedro Magalhães, “está na hora do Governo começar a trabalhar” com esta associação “na criação das condições necessárias para que possamos trabalhar sem comprometer a saúde de ninguém”.

E deixa sugestões: “Seja com testes rápidos à entrada, seja com a obrigatoriedade de eventos ao ar livre, seja com a necessidade de garantir distanciamento de segurança e a utilização de máscara, o importante é que os portugueses possam desfrutar dos seus eventos em segurança e nós possamos desenvolver a nossa atividade”, conclui Pedro Magalhães.