França aprova extradição de ex-líder da ETA

França aprova extradição de ex-líder da ETA


Urrutikoetxea, atualmente com 70 anos e a viver no centro de Paris em liberdade condicional (com pulseira eletrónica) desde o final de julho de 2020, deve ser enviado para Espanha para ser julgado.


A justiça francesa aprovou o pedido de extradição para Espanha do ex-dirigente da ETA José Antonio Urrutikoetxea, para ser julgado por alegado envolvimento no assassínio do diretor da Michelin Luis Hergueta, em 1980, em Vitória.

A sala de instrução do Tribunal de Recurso de Paris aprovou o pedido do Tribunal Nacional de Madrid para que "Josu Ternera" seja julgado por um crime que, se condenado, pode resultar numa pena de 30 anos de prisão.

A decisão de hoje será provavelmente alvo de recurso por Ternera perante o Supremo Tribunal, um procedimento que vai prolongar por vários meses a chegada de uma decisão definitiva.

Enquanto se espera que sejam conhecidas as motivações detalhadas dos juízes da sala de instrução, ficou claro que não aceitaram os argumentos da defesa, que na audiência de 02 de dezembro tinha insistido que os fatos estavam prescritos.

Os advogados de defesa denunciaram também que os objetivos do pedido de extradição espanhol eram "políticos" e notaram que o atentado contra Luis Hergueta foi pouco depois reivindicado pelo ETA Político Militar, uma fação "rival" do ETA Militar, ao qual o seu cliente pertencia na época.

Urrutikoetxea, atualmente com 70 anos e a viver no centro de Paris em liberdade condicional (com pulseira eletrónica) desde o final de julho de 2020, quando lhe foi concedida a saída da prisão por motivos de saúde, deve ser enviado para Espanha para ser julgado.