AICCOPN. Resiliência do setor da construção pode valer crescimento de 2,5% em 2020

AICCOPN. Resiliência do setor da construção pode valer crescimento de 2,5% em 2020


“O investimento (FBCF) em construção e o valor acrescentado bruto (VAB) do setor registaram variações de 4,3% e 3,2% nos primeiros três trimestres de 2020, em termos homólogos, e o consumo de cimento no mercado nacional já ascendia a 3,3 milhões de toneladas até ao final de novembro, o que corresponde a um aumento de…


A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) considera que “o setor da construção tem vindo a demonstrar uma elevada resiliência aos constrangimentos causados pela pandemia da covid-19”. Em comunicado, a AICCOPN destaca “os principais indicadores, ao longo dos últimos meses”, que revelam “reiteradamente evoluções favoráveis, tendo em consideração a quebra de cerca de 9,3% prevista para o PIB este ano em Portugal”.

“O investimento (FBCF) em construção e o valor acrescentado bruto (VAB) do setor registaram variações de 4,3% e 3,2% nos primeiros três trimestres de 2020, em termos homólogos, e o consumo de cimento no mercado nacional já ascendia a 3,3 milhões de toneladas até ao final de novembro, o que corresponde a um aumento de 10,9% em termos homólogos”, refere a nota.

No segmento residencial, num contexto de elevada procura nacional e internacional e de taxas de juro historicamente baixas, com a concessão de crédito para aquisição de habitação a crescer 6,4% nos primeiros dez meses de 2020, a avaliação bancária da habitação a aumentar 4,9% até novembro e com o forte crescimento observado no licenciamento de fogos em construções novas em 2019 (+18,6%), estima-se que o valor bruto da produção cresça 4,5% em 2020.

Relativamente ao segmento dos edifícios não residenciais, tendo em consideração a quebra de atividade nos setores do comércio e do turismo, não totalmente contrabalançada pelo aumento da procura pública por este tipo de obras, estima-se uma quebra de 0,5% do valor bruto da produção em 2020.

Quanto ao segmento da engenharia civil, apuram-se crescimentos relevantes até ao final do mês de novembro, quer ao nível dos concursos promovidos quer dos contratos de empreitada celebrados, com variações muito significativas, nomeadamente acima dos 20% no valor das obras promovidas, pelo que, tendo em consideração a duração prevista das obras, estima-se um crescimento de 3% do valor bruto de produção do segmento, para 6389 milhões de euros.

“Deste modo, espera-se que o valor bruto da produção do setor registe um acréscimo de 2,5%, para 13 739 milhões de euros em 2020, superando as perspetivas de junho, que, no cenário mais favorável, apontavam para um crescimento de 0,6% da produção, em linha com as estimativas da Comissão Europeia”, lê-se no comunicado.