O presidente da Câmara do Porto confirmou, esta sexta-feira, que foi acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de prevaricação, no âmbito do caso Selminho.
Uma acusação que Rui Moreira, em declarações à agência Lusa, afirmou "ser completamente descabida e infundada".
"Esta acusação é muito estranha, tanto no conteúdo como no momento em que é deduzida, mas estou absolutamente tranquilo e não deixarei de tudo fazer para que sejam apuradas todas as responsabilidades", acrescentou.
O autarca independente sublinhou que só teve acesso ao processo na quinta-feira e que "os factos agora usados são exatamente os mesmos que já tinham sido analisados pelo Ministério Público que, em meados de 2017, considerou não existir qualquer ilicitude", tendo o caso sido arquivado na altura.
O processo em causa diz respeito à empresa Selminho, da qual Rui Moreira, a sua mãe e os seus irmãos eram sócios, defendendo o MP que o autarca procedeu a vários atos com o objetivo de beneficiar essa empresa.
Rui Moreira é acusado de violar os deveres de legalidade, prossecução do interesse público e de imparcialidade "obrigando o município aos interesses da Selminho".