“A Pão e Água” apela a que “todos” se reúnam no Porto

“A Pão e Água” apela a que “todos” se reúnam no Porto


O movimento de empresários da restauração e da noite realiza, sexta-feira, nova manifestação.


O movimento “A Pão e Água”, que junta empresários dos setores da restauração e da noite, continua a preparar uma nova manifestação, desta vez, agendada para a próxima sexta-feira, às 15h30, na rotunda da Boavista, no Porto.

Depois da greve de fome de sete dias, frente à Assembleia da República, em Lisboa, protagonizada por um grupo de nove homens e uma mulher (entre os quais os porta-vozes Ljubomir Stanisic e José Gouveia), os organizadores têm vindo a apelar, nas últimas horas, à presença de “todos” nesta concentração que volta a ter como objetivo exigir ao Governo mais apoios ou, em alternativa, a reposição dos horários dos negócios.

“Temos uma única janela de oportunidade para lutarmos contra quem, usando como pretexto um vírus que tem uma taxa de recuperação de 99,97%, nos quer tirar todos os direitos, garantias e liberdades que estão plasmados na Constituição da república portuguesa! Não permitiremos que nos amordacem, nos calem, e seremos a resistência nas ruas de todo o país como temos assistido em várias capitais do mundo. Nós somos o povo, nós somos o poder! Eles são 1% e nós 99%!”, lê-se em mensagens que têm vindo a ser partilhadas em grupos do movimento na rede Whatsapp, e a que o i teve acesso.

Nas mensagens, o movimento “A Pão e Água” apela, sobretudo, à presença de “uma grande maioria” que considera ainda não se ter apercebido do “tamanho da terceira vaga que se aproxima” e de uma “onda de fome, miséria, desespero [que] vai bater à porta de todos”.

Recorde-se que a mediática greve de fome começou na sexta-feira, dia 27 de novembro, depois do primeiro-ministro António costa e do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, se terem recusado a receber os manifestantes. A ação terminou na sexta-feira seguinte, dia 4 de dezembro, após uma reunião entre os líderes do grupo e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que terá servido de intermediário no diálogo com o Governo.