Centenas de manifestantes invadiram o Congresso da Guatemala e queimaram parte do edifício entre crescentes manifestações contra o presidente Alejandro Giammattei e o governo por aprovarem um orçamento com cortes nas despesas com educação e saúde.
Segundo as reivindicações dos cerca de 7.000 manifestantes que protestaram diante do Palácio Nacional na capital, o orçamento para o próximo ano foi negociado e aprovado "em segredo" enquanto o país enfrentava as consequências de furacões e o impacto da pandemia de covid-19.
Imagens que circularam nas redes sociais mostraram chamas a irromperem por uma janela do edifício. Já a comunicação social reportou que as forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo contra os manifestantes, registando-se feridos na manifestação.
O presidente guatemalteco veio repudiar os incidentes deste sábado, adiantando na sua conta no Twitter que "qualquer pessoa que se prove ter participado nos atos criminosos será punida com toda a força da lei" e que, apesar de defender o direito ao protesto, o país "não pode permitir que as pessoas vandalizem a propriedade pública ou privada".
Por outro lado, Alejandro Giammattei referiu já se ter reunido com diversos grupos para apresentar alterações ao polémico orçamento para 2021.