A palavra do ano 2020 é “confinamento”, anunciou esta terça-feira a HarperCollins, uma das maiores editoras do mundo.
O grupo que edita o dicionário de inglês Collins, designou a palavra “lockdown”, ou seja, “confinamento” em português, como a número um numa lista de dez palavras que marcaram o último ano.
Em 2020, a editora registou mais de 250 mil utilizações da palavra, sendo que no ano anterior houve apenas 4.000.
“A língua é o reflexo do mundo que nos rodeia e 2020 foi dominado pela pandemia. Escolhemos 'confinamento' como palavra do ano porque resume a experiência partilhada por milhares de milhões de pessoas que tiveram de restringir a sua vida quotidiana para conter o vírus", disse a consultora de conteúdos linguísticos da HarperCollins, Helen Newstead, em comunicado.
Por isso mesmo, na mesma lista constam outras palavras relacionadas com a pandemia, como “distanciamento social”, “coronavírus”, “trabalhador [de serviço] essencial] e “auto isolamento”.
Já noutros âmbitos, destacou-se a abreviatura “BLM”, que se refere ao movimento “Black Lives Matter”, que ganhou um enorme destaque após a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado por um polícia, em maio, na cidade de Mineápolis, nos Estados Unidos.
Devido ao crescimento do TikTok, também a palavra “TikToker”, que designa os utilizadores desta rede social, consta da lista de palavras marcantes de 2020 elaborada pela HarperCollins. “Mukbang” também foi uma das escolhidas – trata-se de um fenómeno sul-coreano em que as pessoas se gravam a elas mesmas enquanto se enchem de comida e interagem com os seguidores nas redes sociais.
No final da lista, surge “Megxit” – junção de “Meghan” e “Exit” –, uma referência à saída do príncipe Harry e da sua esposa, Meghan, da família real anunciada logo no início do ano.