Justiça. Recluso de 36 anos foge da prisão de Sintra

Justiça. Recluso de 36 anos foge da prisão de Sintra


O suspeito, condenado por tráfico de estupefacientes e condução sem habilitação, pôs-se em fuga num veículo que já o esperava.


Um homem de 36 anos fugiu esta quarta-feira do Estabelecimento Prisional de Sintra enquanto trabalhava num espaço de obras. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) confirmou ao i que a fuga ocorreu às “10h45 de dia 4 de novembro” e que o recluso “se evadiu do local em que se encontrava a trabalhar, um espaço não murado”. O mesmo órgão acrescentou ainda que a evasão “foi detetada na altura em que teve lugar, pelo que se iniciaram imediatamente as diligências no sentido da sua recaptura”.

Assim que escapou da prisão, o recluso pôs-se em fuga num carro que estava já à sua espera, conduzido por uma mulher, acredita-se que sua familiar. A DGRSP acrescenta que o fugitivo já tinha cumprido metade da sua pena de quatro anos e seis meses e que estava condenado pelos crimes de “tráfico de estupefacientes e de condução de veículo sem habilitação legal”.

Gémeos condenados
Ainda relativamente a fugas à justiça, os dois gémeos que escaparam durante um julgamento no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, em outubro do ano passado, foram condenados esta quarta-feira a penas de 12 e 15 anos de prisão. Emanuel e Fernando Santos estavam – juntamente com outros cinco arguidos, sendo um deles seu sobrinho – acusados de 30 crimes de roubo, 26 de furto qualificado, três de burla informática, um de evasão e um de detenção de arma proibida, perfazendo um total de 61 crimes. Apesar de o Ministério Público ter pedido uma pena de 25 anos – a máxima em Portugal -, os arguidos acabaram por ficar com uma pena mais leve.

Sabe-se que os gémeos exerceram violência física ou psicológica sobre as vítimas em mais de metade dos roubos.

Os irmãos atuavam encapuzados e, de acordo com o despacho de acusação, escolhiam casas de pessoas de idade avançada que vivessem sozinhas, e através de arrombamento de portas ou janelas levavam dinheiro e bens de ouro e de prata.

O crime de evasão aconteceu quando os arguidos estavam à espera de ser transportados do TIC do Porto para a cadeia, depois de lhes ter sido aplicada prisão preventiva. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o crime foi possível porque os gémeos e um sobrinho “beneficiaram da conduta de uma das arguidas, que lhes proporcionou a chave, depois de a ter retirado sub-repticiamente do local onde se encontrava, e mais tarde, da conduta da última arguida que, para garantir o sucesso da fuga, lhes providenciou um local onde se puderam esconder”.

Tiroteio na Amadora
No concelho vizinho da Amadora, três pessoas ficaram feridas na noite de terça-feira devido a um tiroteio junto à estação de comboios. O alerta foi dado às 22h30 dessa noite e, quando a Divisão Policial da Amadora chegou ao local, não foram encontradas quaisquer vítimas ou suspeitos. Mais tarde, porém, soube-se que dois cidadãos, de 21 e 26 anos, deram entrada no Hospital Dr. Fernando Fonseca, na Amadora, com ferimentos provocados por uma arma de fogo, possivelmente relacionados com o caso.

A estação da CP da Amadora foi delimitada para preservar as provas, nomeadamente as imagens do sistema de videovigilância. O caso está entregue à Polícia Judiciária.Até à hora de fecho desta edição, ainda não era conhecido o paradeiro do recluso que fugiu do Estabelecimento Prisional de Sintra nem do autor dos disparos na Amadora.