A DGS, através da Delegação de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, emitiu no final da tarde da passada terça-feira um comunicado à Capitania do Porto da Nazaré onde proibia qualquer atividade de surf na Praia do Norte.
O comunicado é uma consequência dos ajuntamentos observados no passado dia 29 de outubro, onde milhares de pessoas se reuniram nas arribas junto à praia para ver o fenómeno das ondas gigantes.
No despacho oficial emitido na manhã desta quarta-feira pela Capitania do Porto da Nazaré pode ler-se que a Praia do Norte “está interdita para as atividades de Free Surf e Town-In surfing (…) devido à promoção da aglomeração de público, que constitui um risco acrescido para a Saúde Pública.”
O presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Walter Chicharro afirmou à agência Lusa que a autarquia "está a ultimar um Plano de Contingência para os dias de free surf (eventos não organizados), muito alargado em termos de meios, para controlar o número de espetadores".
No Plano de Contingência está prevista a limitação de 2500 pessoas "espalhadas por uma área gigantesta entre a zona do farol e o areal da Praia do Norte", adianta o autarca, acrescentando ainda que o acesso será feito "por três entradas controladas pelas autoridades com contagem efetiva do público". A autarquia pretende que seja feita uma emissão em livestream para que as pessoas possam ver as atividades de surf sem terem que se deslocar ao local mas o evento da Liga Mundial de Surfm Nazaré Town Surfing Challenge pode "vir a decorrer sem público", concluí Walter Chicharro
A situação será reavaliada a casa 15 dias, mas as restrições põem em causa tanto surfistas profissionais, como quem já investiu nesta temporada de surf na Nazaré. O surfista Rodrigo Koxa, detentor do recorde mundial de maior onda já surfada, afirmou à Surftotal que espera que seja feito um plano de contingência de modo a que “as pessoas não entrem na Nazaré com uma declaração de trabalho” e impeçam os “profissionais de ondas grandes” de fazer o seu trabalho.