O Partido Trabalhista suspendeu o seu antigo líder Jeremy Corbyn na sequência de um relatório que condenou a principal força da oposição no Reino Unido por "atos ilegais de assédio e discriminação" antissemita.
Reagindo ao relatório, Jeremy Corbyn escreveu na rede social Facebook que não aceita "todas" as conclusões do relatório e alega que a "dimensão do problema foi muito exagerada" por rivais políticos dentro e fora do Partido e pela comunicação social.
Um porta-voz do 'Labour' disse que, "à luz dos seus comentários feitos hoje e a falta de uma retração subsequente, o Partido Trabalhista suspendeu Jeremy Corbyn enquanto decorre uma investigação", pelo que deixa assim de fazer parte da bancada parlamentar.
O relatório de 130 páginas, resultado de uma investigação que durou 16 meses, diz ter encontrado "falhas significativas na maneira como o Partido Trabalhista lidou com as queixas de antissemitismo nos últimos quatro anos" durante a liderança de Corbyn.
"É difícil não concluir que o antissemitismo dentro do Partido Trabalhista poderia ter sido combatido de forma mais eficaz se a liderança tivesse escolhido fazê-lo", referem os autores, numa crítica a Corbyn.
Em causa estão processos internos contra militantes e dirigentes acusados de declarações discriminatórias contra judeus, que os críticos e vítimas queixam-se de não terem sido concluídos nem resultado no castigo ou expulsão dos responsáveis.
O antigo líder admitiu a existência de antissemitismo no partido e lamentou a demora na implementação de medidas que tomou para lidar com o problema durante o tempo em que esteve à frente do 'Labour', entre 2015 e 2020.