O antigo ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho voltou a ser absolvido, esta quarta-feira, de um crime de violência doméstica sobre a apresentadora Bárbara Guimarães, que na altura era sua mulher.
A juíza Joana Ferrer, do Tribunal Local Criminal de Lisboa, confirmou assim a decisão que já tomara anteriormente, tendo o caso sido reaberto por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.
Em causa estava uma alegada ameaça de morte que teria sido proferida em 2013, no apartamento onde o casal residia em Lisboa.
Embora tenha sido absolvido do crime de violência doméstica, Carrilho foi condenado ao pagamento de uma multa por difamação.
À saída do tribunal, Carrilho deixou críticas à Relação: “Foi uma perseguição do Tribunal da Relação”, mas mostrou-se satisfeito com a absolvição.
“É a terceira vez que sou acusado e é a terceira vez que sou absolvido. Para mim é incompreensível a constante perseguição do Tribunal da Relação a mim neste caso", disse aos jornalistas.
"Todos conhecemos a situação sobre os sorteios do Tribunal da Relação. A pessoa responsável por este processo já me saiu três vezes entre dezenas de possíveis responsáveis, acompanhada por outro possível responsável que já saiu quatro vezes. É uma milagrosa coincidência. São factos", sublinhou.
Para Carrilho, a situação “mostra que o Tribunal da Relação se encontra refem de cumplicidades, fanatismos e indícios da maior gravidade na defesa dos direitos dos cidadãos”.
E concluiu: “Ao fim de sete anos, foi provado que houve um plano com base nas testemunhas que aqui vieram para urdir esta grave acusação. Sinto-me um mártir de falsas acusações e uma falsa vítima que arrasta este processo com a cumplicidade do Tribunal da Relação, fazendo de mim e dos meus filhos mártires".