Cerca de 500 professores pertencentes a grupos de risco para a covid-19 e que apresentaram uma declaração médica para que pudessem ter direito a 30 dias de faltas justificadas têm vindo a regressar gradualmente às escolas. De acordo com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esse pedido feito logo no início do ano letivo – entre 14 e 17 de setembro – já terminou para alguns docentes, pelo que já não estão inseridos neste regime, sem perda de remuneração.
“Muitos destes professores estão a voltar às escolas. Os docentes estiveram dentro desse regime excecional que foi, de facto, criado devido ao surto epidemiológico e tiveram a oportunidade de utilizar essa declaração médica e ter esses 30 dias de faltas justificadas”, disse Tiago Brandão Rodrigues, depois de uma visita ao estúdio onde decorrem as gravações do Estudo em Casa.
Segundo os sindicatos de professores, os docentes de grupos de risco deviam ter o direito de ficar em casa a dar aulas, devido ao novo coronavírus, mas, com o regresso das aulas presenciais, os professores não podem agora trabalhar à distância, de acordo com o Ministério da Educação.
O Estudo em Casa, recorde-se, regressou ontem com novos conteúdos programáticos para o ano letivo 2020/21, nomeadamente um novo bloco de orientação para trabalho autónomo. “Este novo bloco vai ao encontro da progressiva evolução da área de competências de ‘Desenvolvimento pessoal e autonomia’, preconizada no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória”, avançou a tutela em comunicado, sublinhando o “aprofundamento das aprendizagens” que é atualmente necessário entre os alunos.