Setembro foi o mês com maior número de casos de covid-19

Setembro foi o mês com maior número de casos de covid-19


Há 23 surtos ativos de covid-19 nas escolas, revelou Graça Freitas no briefing de balanço da covid-19 em Portugal. O secretário de Estado confirmou as contas, feitas pelo i na sexta-feira passada, que mostram que o mês passado foi quando se registaram mais contágios.


Graça Freitas e Diogo Serras Lopes mostraram-se otimistas em relação à evolução da covid-19 em Portugal, destacando o lado positivo dos indicadores. O secretário de Estado revelou que setembro até pode ter sido o mês com mais casos positivos, mas o número de pessoas internadas é inferior ao pico da fase anterior da pandemia.

Assim, em setembro registaram-se 18.153 contágios, destronando abril, mês em que se chegaram às 16.736 infeções, como o jornal i já tinha avançado na passada sexta-feira.

Números, agora confirmados por Diogo Serra Lopes, que disse não estar surpreendido e que lembrou ser preciso olhar também para o número de internamentos, que é mais baixo do que o máximo registado em abril.

Atualmente, estão 764 pessoas hospitalizadas, mais 32 nas últimas 24 horas, enquanto no pico estavam 1.302 camas ocupadas devido ao coronavírus. O mesmo acontece nos cuidados intensivos, destacou também o governante. Registam-se agora 104 casos, menos de metade do máximo atingido a 6 de abril de 271.

Sublinhe-se que a informação sobre o facto de setembro ter sido o mês com maior número de casos já tinha sido avançada pelo jornal i, na passada sexta-feira.

O mesmo tom de otimismo foi usado pela diretora-geral, que garantiu que não existe “um crescimento exponencial", acrescentando que "todos os concelhos estão abaixo de 20 casos por 100 mil habitantes". Dados que, para Graça Freitas, "dão alguma tranquilidade".

Na conferência de imprensa, a responsável confirmou a existência de 23 surtos ativos de covid-19 nas escolas, dos quais resultaram pelo menos 136 casos, entre alunos, docentes e auxiliares.

"A situação está controlada", sublinhou Graça Freitas, especificando a situação demográfica dos surtos: sete são na região Norte, três no Centro, doze em Lisboa e Vale do Tejo e um no Algarve.