O PAN vai propor, no âmbito das propostas partidárias para o Orçamento do Estado para 2021, a criação de uma tara que será aplicada às máscaras descartáveis, para prevenir um "novo flagelo ambiental".
A líder parlamentar do PAN sublinhou, em declarações à agência Lusa, que existe "uma nova preocupação decorrente da crise sanitária" da pandemia, relacionada com o "descarte indevido das máscaras descartáveis" já usadas.
"O PAN defende a criação de uma tara para as máscaras descartáveis que incentive assim a devolução por parte do consumidor, seja nas farmácias, seja nas superfícies comerciais, para que depois possam ser deitadas fora devidamente, ao invés de continuarmos a encontrar máscaras no chão, nas sarjetas, nos jardins, nos parques infantis até, ou nas nossas praias e nos mares", afirmou.
"Não queremos que a máscara descartável seja o novo flagelo ambiental, mas sim que seja criado um incentivo, através desta tara, e para nós esta é uma medida que apesar do impacto financeiro que tem acaba por ser simbólica, para que as pessoas percebam a importância de não deitarem as máscaras para o chão ou não descartarem indevidamente", acrescentou.
Inês Sousa Real sugere o pagamento de "mais 10 ou 20 cêntimos" aquando da compra da máscara, valor que seria "devolvido quando adquirissem a próxima".
"Bem sabemos que se calhar não são os 10 ou 20 cêntimos que levam a pessoa a devolver a máscara mas todos nós, até mesmo quando éramos miúdos, bem sabemos que com a questão da tara nas garrafas muitas das vezes isso gerava até que terceiros pudessem proceder a esta recolha", explicou.
A deputada fez ainda questão de frisar que os hospitais e centros de saúde ficariam de fora desta medida, onde "o tratamento deste resíduo já está perfeitamente estabilizado".