O julgamento do caso de irregularidades na reconstrução das casas que arderam no incêndio de Pedrogão Grande em 2017 estava marcado para a manhã desta segunda-feira. No entanto, a RTP adiantou que foi adiado para meados de outubro.
28 pessoas estão acusadas de vários crimes, desde burla qualificada a falsificação de documentos. Entre os acusados está o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves. O arguido pediu em março deste ano, juntamente com o ex-vereador Bruno Gomes e o construtor civil João Paiva, a abertura da instrução.
O elevado número de arguidos em tempo de pandemia fez com que o julgamento estivesse previsto decorrer no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria.
Lembre-se que o incêndio deflagrou a 17 de junho de 2017 em Escalos Fundeiros, no concelho de Pedrógão Grande alastrando depois para concelhos vizinhos. Da tragédia resultaram 66 mortos e 253 feridos. Ficaram ainda destruídas, na sequência dos incêndios, 500 casas e cerca de 50 empresas.
O Ministério Público de Coimbra deduziu acusação no âmbito do inquérito que investiga alegadas irregularidades no processo de reconstrução das casas que arderam com o incêndio.