O secretário-geral do PCP abriu, esta sexta-feira, a 44.ª edição – e talvez a mais polémica – da Festa do Avante!, com um ataque à direita, que acusa de quererem os comunistas “quietos, confinados, calados e com temor”.
“Querem que abdiquemos do que a vida tem de mais belo e realizador, libertos dos nossos medos, reencontrar o convívio e as amizades, a cultura, os concertos de diversos estilos de música", denunciou Jerónimo de Sousa.
"Figuras destacadas da direita, ex-governantes bem conhecidos, como se tivessem tido um rebate de consciência pelo mal que fizeram ao direito à saúde dos portugueses e ao Serviço Nacional de Saúde, à rede pública, com a desvalorização de serviços, (…), que castigaram também nos seus salários, nos seus horários, nas suas carreiras, vêm à praça pública invocar hipocritamente razões sanitárias para impedir a festa", sublinhou.
O líder comunista equipara os estão contra a realização do Avante este ano com os que se mostraram desfavoráveis às celebrações do 25 de abril e do 1º de maio.
"Não queriam, nem querem a festa porque estão conscientes do agravamento da situação económica e social em que setores do capital se vão aproveitar para despedir, cortar salários e direitos, aumentar as injustiças e desigualdades e ficar com a parte de leão dos apoios financeiros", frisou.
Jerónimo de Sousa guardou ainda palavras de crítica à DGS, por considerar que as medidas impostas “vão para além das normas exigidas em qualquer espaço comercial, qualquer praia, atividade religiosa ou de rua e outras iniciativas, num espaço de 300 mil metros quadrados".
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