O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou, esta segunda-feira, a desvalorização da morte de idosos devido à covid-19 e sublinhou que é preciso "cuidar uns dos outros".
Tedros Adhanom Ghebreyesus falava na habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.
"A morte dos nossos idosos é uma bancarrota moral", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.
"Aceitar que a morte dos idosos não é tão importante é a maior baixeza moral", disse e acrescentou: "Não podemos permiti-lo, temos que cuidar uns dos outros".
O responsável abordou também a questão dos protestos, um pouco por todo o mundo, contra as restrições motivadas pela pandemia, lembrando que o coronavírus "é real, muito perigoso, tem bastante capacidade de propagação e é letal".
"Temos de fazer tudo ao nosso alcance para nos protegermos e para protegermos os outros", acrescentou.
Para Tedros Adhanom Ghebreyesus é imperativo "remar na mesma direção para pôr fim a este vírus fatídico" e embora o "equilíbrio" entre a reabertura das economias e a proteção da saúde, seja "frágil” ele é “possível".
O diretor-geral da OMS defendeu ainda que se o risco de transmissão do vírus "é elevado", o "melhor é evitarem-se eventos de massa" e deu como exemplo os jogos de futebol, que na sua opinião devem manter-se à porta fechada.