O primeiro-ministro vai reunir-se, na terça-feira de manhã, com a Ordem dos Médicos (OM), segundo a fonte do gabinete de António Costa disse à agência Lusa.
Esta confirmação ocorre no mesmo dia em que a OM divulgou um comunicado em que solicitava com caráter de urgência uma audiência com o primeiro-ministro. Na nota, os responsáveis pela OM consideravam ainda ofensivas as declarações que António Costa fez, após uma entrevista ao Expresso e que foram divulgadas na internet, sem o seu consentimento ou o da publicação envolvida.
A mesma fonte que confirmou que o primeiro-ministro irá amanhã reunir-se com a Ordem dos Médicos não divulgou as horas a que a reunião se irá realizar nem se haverá declarações no final do encontro.
Na nota, a OM considera que as afirmações de António Costa "independentemente de serem proferidas de forma pública ou em privado, traduzem um estado de espírito ofensivo para os médicos e um sentimento negativo por uma classe profissional".
No vídeo que circulou nas redes sociais é possível ver António Costa em conversa com jornalistas do Expresso e ouve-se o primeiro-ministro a chamar “cobardes” a estes profissionais de saúde: “O presidente da ARS [Administração Regional de Saúde] mandou para lá os médicos para fazerem o que lhes competia e os gajos, cobardes, não fizeram”.
"Declarações ofensivas para todos os médicos e para os doentes que precisam de nós, sobretudo os mais vulneráveis, são um mau serviço dos governantes ao país, e em nada contribuem para a necessária união num momento de pandemia", sublinha a OM.