Segurança Social corrige estatísticas oficiais de empresas em layoff de 4.000 para 200

Segurança Social corrige estatísticas oficiais de empresas em layoff de 4.000 para 200


Em causa estão dados dos meses de maio e junho. 


Afinal só 200 empresas é que beneficiaram do layoff tradicional entre maio e junho, em vez das quatro mil que tinham sido anunciadas. "O Instituto de Informática (II) e o Instituto da Segurança Social (ISS) verificaram que o mapa estatístico relativo aos processos do layoff do Código do Trabalho incluía números relativos ao layoff simplificado", disse fonte oficial do ISS à Lusa, quando questionada sobre o motivo do ‘apagão’ de mais de 4.000 empresas das estatísticas publicadas esta quinta-feira. E explica que, os dois institutos procederam à atualização das estatísticas relativas ao layoff do Código do Trabalho que são divulgadas mensalmente, "tendo-se atualizado os dados relativos ao mês de maio e junho".

Os dados oficiais relativos a maio, que foram publicados em junho, mostravam, então, que o número de empresas e de trabalhadores abrangidos pelo layoff previsto no Código do Trabalho (o chamado layoff tradicional’) tinham atingido o valor mais alto de sempre, passando de 138 em empresas em abril para 4.629 em maio. Já o número de trabalhadores, de acordo com as estatísticas inicialmente publicadas, teria subido de 2.069 em abril para 44.403 em maio.

Os dados agora corrigidos mostram que o número de empresas em layoff do Código do Trabalho foi afinal de 245 em maio, de 231 em junho e de 207 em julho. Já o número de trabalhadores abrangidos foi de 5.200 em maio, de 4.834 em junho e de 4.104 em julho.

Segundo os dados corrigidos, a maior parte dos trabalhadores estava com o contrato suspenso (4.303 em maio, 3.475 em junho e 4.104 em julho) e os restantes com redução de horário.
De acordo com o ministério liderado por Ana Mendes Godinho, o layoff tradicional representou uma despesa de 6,5 milhões de euros.