O Desejado vai regressar ainda esta semana à Estação do Rossio, em Lisboa, avançou ao i fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP). Em 2016, um turista que tentava tirar uma selfie com o Rei D. Sebastião acabou por derrubar a estátua e foram necessários quatro anos para encontrar uma empresa capaz de tratar do restauro.
O trabalho de restauro “encontra-se agora em fase de conclusão” – demorou três meses – e, esta semana, a estátua “será colocada numa localização provisória, uma vez que o plinto onde será instalada em definitivo está a ser projetado pela IP”, avançou a entidade responsável pela Estação Ferroviária do Rossio. Mas a localização definitiva já está escolhida: “Será no átrio da Estação do Rossio, ficando em espelho com a réplica que, futuramente, será colocada no nicho da fachada”, acrescentou a IP.
No local onde ocorreu a queda da estátua original – fachada da entrada principal da estação – será colocada uma réplica, que ainda não está feita. Aliás, a IP adiantou que está a “desenvolver um procedimento de contratação para execução de uma réplica da estátua original”.
Questionada sobre o tempo do processo de restauro, a IP explicou que a queda da estátua “provocou a sua destruição” e, “dada a importância na preservação do património cultural e o elevado grau de destruição provocado na estátua, o trabalho de restauro revelou-se de grande exigência, tendo o processo envolvido a consulta e colaboração de diversas entidades e técnicos especialistas na área do restauro”.
O trabalho foi adjudicado à empresa Água de Cal, cujo contrato para “colagem dos fragmentos da estátua de D. Sebastião da Estação do Rossio” consta no portal Base, onde são publicados os contratos públicos. O documento foi assinado a 26 de junho de 2020 e o restauro custou 6522 euros mais IVA. Na sua página do Facebook, a empresa responsável pelo trabalho foi partilhando a evolução do restauro, que durou apenas três meses. “Com um mês de trabalho, começam a ver-se os primeiros resultados. Depois de vários ‘quebra-cabeças’, de muitas colagens, de se procurar perceber o que encaixava onde, o menino-rei volta a estar de pé”, escreveu a Água de Cal a 31 de julho.
A Infraestruturas de Portugal explicou ainda que, “em estreita colaboração com a DGPC (Direção-Geral do Património Cultural), os técnicos das duas entidades analisaram os danos e avaliaram as hipóteses da sua recuperação”. No entanto, ao i, a DGPC disse ter apenas “conhecimento informal do incidente junto da referida estátua” e que não recebeu “qualquer informação/documentação da IP sobre o início dos trabalhos de restauro mencionados”.