A comissão dos serviços de informação do Senado norte-americano concluiu que a Rússia desencadeou esforços para interferir nas eleições presidenciais de 2016 a favor de Donald Trump, que acabou por ser eleito Presidente dos EUA.
A conclusão consta de um relatório com mais de 1300 páginas, que será "a descrição mais completa até à data das atividades da Rússia e da ameaça que estas representaram".
O documento divulgado esta terça-feira não fornece uma conclusão sobre se existem provas suficientes de que a campanha de Trump coordenou com Moscovo, porém, segundo as agências internacionais, o documento permite uma interpretação partidária das informações.
Alguns republicanos que integram a comissão defenderam que o relatório devia explicitar que não houve uma coordenação entre a campanha de Trump e Moscovo, enquanto elementos democratas argumentam que o documento mostra a forma clara como isso aconteceu.
Já em abril, o procurador-especial Robert Mueller, escolhido pelo Departamento de Justiça norte-americano para supervisionar a investigação federal às alegadas ligações russas nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, concluiu que o Governo russo interferiu no processo eleitoral presidencial norte-americano de 2016.
Neste documento, Mueller explicou que o Governo de Putin interferiu no ato eleitoral através de ações de pirataria informática e de uma campanha encoberta nas redes sociais. Mueller não acusou, no entanto, nenhum elemento da campanha de Trump de conspirar com a Rússia.