Já há anos que ando viciado em MotoGP. A velocidade é estonteante, a coragem desarmante e, prova após prova, há sempre manobras imprevistas que despertam grandes emoções. As personalidades dos pilotos também são muitas vezes invulgares. É adrenalina de sofá ao domingo de manhã, a sensação de desafio de quem não participa, não está sequer no circuito e vê tudo pelo pequeno ecrã.
Nestes anos, o vício cresceu. O culpado é o nosso compatriota Miguel Oliveira. Muito joga a seu desfavor: temos um mercado publicitário de reduzida dimensão; somos um país com escassa tradição em nomes grados do desporto; não acolhemos um Grande Prémio – exceto este ano, espero que nos próximos também; não há nenhuma equipa ou marca nacional do MotoGP ao Moto3.
Ainda assim, há uma cultura motociclista muito expressiva, uma grande concentração internacional, a de Faro, e um número cada vez maior de aficionados.
E um piloto de ponta: metódico, profissional, rigoroso, talentoso, consciente.
Ontem, o resultado não foi bom; falta rever as imagens para perceber de quem foi a responsabilidade.
Seja como for, adivinham-se muitas alegrias e a bandeira nacional içada em muitos mastros por este mundo fora.
Deputado