Depois da Liga Europa, é a vez da Liga dos Campeões recomeçar, neste caso com os quatro jogos em falta referentes à segunda mão dos oitavos-de-final, última fase antes da prova milionária viajar para Portugal. Juventus-Lyon (0-1 no primeiro jogo), Manchester City-Real Madrid (2-1); Barcelona-Nápoles (1-1) e Bayern Munique-Chelsea (3-0) são as últimas oito equipas que vão tentar garantir bilhete com destino a Lisboa, que vai acolher a partir do próximo dia 12 a inédita final a 8. Para esta sexta-feira estão reservados os dois primeiros encontros acima mencionados, com a Juve a precisar de dar a volta à eliminatória para seguir em frente. Recentemente consagrada eneacampeã italiana, a equipa de Maurizio Sarri tenta conquistar um troféu que Turim não vê desde o início da época de 1990. Neste sentido, Cristiano Ronaldo – assim como outras das principais estrelas do plantel bianconero –, já não foi convocado para o último encontro a contar para a Liga italiana, com a Juve a fechar o campeonato com uma derrota (3-1) frente à Roma de Paulo Fonseca. A equipa italiana terminou a participação na Serie A no passado sábado, dia 1 de agosto, preparando-se agora para voltar aos relvados menos de uma semana volvida.
Falta de ritmo competitivo? No lado oposto pode ser encontrado o Lyon: desde a paragem forçada nos campeonatos devido à pandemia de covid-19, em março último, o conjunto francês só voltou a competir na final da Taça da Liga francesa, há precisamente uma semana (31 de julho), tendo perdido para o PSG nos pontapés da marca de grande penalidade. Recorde-se que a Ligue 1 (bem como todos os eventos desportivos no país) foram cancelados por ordem do Governo francês na sequência do novo coronavírus. A Liga francesa foi a única entre os principais campeonatos europeus (que estão todos já oficialmente concluídos), a optar pela decisão mais drástica, deixando como classificação final a tabela apresentada no momento da suspensão da competição. Assim, o Lyon, do português Anthony Lopes, terminou a época na sétima posição na tabela, a 9 pontos dos lugares europeus, cujo último posto é ocupado pelo Lille, do quarteto luso composto por José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches – que deixou o Bayern no verão passado e tornou-se entretanto figura de proa do conjunto de Christophe Galtier.
De notar que não será apenas em solo italiano que o hino da Champions voltará a tocar, já que o jogo principal está agendado para Inglaterra. No Etihad Stadium, o Manchester City recebe esta noite o Real Madrid, com os blues em vantagem na eliminatória. Para passar à fase seguinte, o conjunto de Pep Guardiola precisa de segurar a vantagem que traz de Madrid, após ter vencido com reviravolta. No Santiago Bernabéu, Isco inaugurou o marcador para os merengues, mas Gabriel Jesus e Kevin de Bruyne (de grande penalidade) garantiram o triunfo dos citizens praticamente nos últimos dez minutos do encontro. De resto, os dois clubes chegam a esta fase depois de épocas distintas, com o Real a sagrar-se campeão espanhol, numa temporada marcada pelo regresso de Zidane ao comando técnico; e o City a passar o estatuto ao Liverpool de Klopp na Premier League.
O Real Madrid não vencia a La Liga desde 2016/17, conquistada também sob orientação do francês – técnico reconhecido principalmente pelo feito que alcançou na prova milionária, que conquistou por três vezes consecutivas ao leme dos merengues.
Os últimos 8: viagem para lisboa Já no sábado ficará oficialmente fechado o quadro dos quartos-de-final da prova. Com lugar praticamente assegurado está o campeão alemão Bayern Munique, após vitória categórica em Londres sobre os blues de Frank Lampard. Só uma tragédia seria capaz de tirar a equipa alemã da comitiva que já tem o check-in garantido para a capital portuguesa, como o PSG, Atlético Madrid, Atalanta e RB Leipzig, as quatro equipas já apuradas para a primeira eliminatória desta fase final. Por último (embora à mesma hora que o Bayern-Chelsea), o Barcelona-Nápoles. Os blaugrana recebem os italianos (que contam com o internacional português Mário Rui) depois de um empate a uma bola fora, pelo que a eliminatória continua em discussão.
A partir daqui as emoções da principal prova de clubes a nível europeu vão acontecer em Lisboa, mais propriamente no Estádio da Luz e de Alvalade, que vão receber os quartos-de-final, as meias-finais e a final (agendada para o recinto do Benfica, no dia 23 de agosto).
Vírus traz eventos para Portugal Recorde-se que a Champions foi o primeiro grande evento desportivo a ser transportado para Portugal na sequência da propagação global do vírus. Além da principal prova da UEFA, está também confirmada uma das etapas do Mundial de Fórmula 1 (F1) no país, no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, no dia 25 de outubro. Trata-se do regresso da F1 ao nosso país 24 anos depois de o Estoril ter sido palco do último Grande Prémio de Portugal. Já no início da próxima semana, espera-se mais uma novidade neste campo, já que tudo indica que há fortes possibilidades deste mesmo circuito algarvio vir a ser palco da etapa derradeira do Mundial de Moto GP. Para já, a data avançada para a prova da categoria rainha do motociclismo de velocidade é o dia 22 de novembro, cerca de um mês depois da passagem do Campeonato do Mundo de Fórmula 1. Portugal não integra a elite do motociclismo de velocidade desde 2012, quando o autódromo do Estoril recebeu o último Grande Prémio de Portugal, após 13 anos seguidos presente no calendário.
Aliás, este regresso já era estudado pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) mas não estava planeado acontecer antes de 2022. Contudo, após a confirmação das obras na pista do AIA para receber a F1, o caso mudou de figura, com a DORNA, promotora do Mundial de MotoGP, a piscar o olho ao Sul de Portugal. A confirmar-se, Miguel Oliveira (KTM) prepara-se para fechar a temporada 2020 em casa.