É já amanhã que começa a primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. As candidaturas são feitas entre os dias 7 e 23 de agosto, mas os resultados só serão conhecidos a 28 de setembro – todos os prazos foram adiados em cerca de três semanas devido à covid-19. E, em tempo de pandemia, são muitas as dificuldades que os alunos podem encontrar no acesso às universidades. Ao i, o presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, Gonçalo Leite Velho, sublinhou que este ano será muito mais competitivo.
“Vamos ter um concurso de acesso atípico, com uma grande concorrência, em que a diferença para entrar nos cursos pode dar-se por margens mínimas. Como as médias subiram quase todas, vamos ter uma maior concorrência. E vamos ter alunos baseados nas médias anteriores e que poderão não entrar, porque se tornou tudo muito competitivo”, esclareceu, pedindo aos alunos que sejam cautelosos. “Aconselho vivamente os alunos a serem pragmáticos e a adequarem as suas expetativas, que não se deslumbrem com a questão das médias e sejam muito conscientes, porque há aqui riscos. E é um bocadinho jogar no escuro, porque não se sabe o que vai acontecer”, atirou.
Já o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, deixou claro ao i que só depois de efetuadas as candidaturas se podem tirar conclusões. “Os alunos sabem as regras e o modelo. Temos é de aproveitar esta fase para perceber se o modelo de acesso ao ensino superior atual é aquele que nos agrada, ou seja, muito baseado nos exames nacionais”, concluiu.
A segunda fase do concurso de acesso, recorde-se, é entre 28 de setembro e 9 de outubro.