O novo ciclo da nossa Economia… mas em velocidade TGV !


Logo, se nos “melhores panos” cai a nódoa, então que dizer dos nossos “trapos” actuais?


Quando a 23 de Junho , em plataforma da Ordem dos Engenheiros sobre “Recuperação pós Covid 19”,  o Ministro do Ambiente, João Fernandes, respondendo à pergunta se sabia dos custos de exploração para uma linha TGV Lisboa-Porto, que apresentara como a habitual intenção Socialista para gastar dos (tais…) 54 Bilhões de Euros em dez anos, valor que nessa reunião informou que Portugal irá(ia) receber “emprestados”, o Ministro João Fernandes esclareceu que tal não é importante até porque a União Europeia, num prazo de 10, ou 12, ou mesmo 4 anos irá pôr cobro às linhas aéreas entre regiões (500km) … Coitados dos aeroportos do Porto e de Faro !… Mas não se assustem, trata-se de uma extrapolação surreal para o nosso território do que é comum em algumas regiões-motores da Economia Europeia, dada a saturação de corredores aéreos, notavelmente eixo Franco-Alemão.

Óbvio que o sr. Ministro João Fernandes e outros, preferirão (?) ignorar que, o que é alternativa nessas algumas regiões por saturação da via aérea, não é replicável no nosso cantinho e extremo Ibérico. E contudo nessas regiões o panorama nem sempre é tão maravilhoso como parecia em solução TGV: O reforço da linha TGV Paris-Lyon, crucial ao centro da Europa e de custo acima de 600 Milhões de Euros, levanta aos Gauleses a questão se estará ao alcance do cidadão médio francês, com um nível de vida bem superior ao da média em Portugal…

Assim, este recurso repetitivo e míope à miragem que um TGV nos trará o desenvolvimento económico da França ou Alemanha , e enquanto o Governo se recusa a revitalizar com medidas fundamentais a nossas industrias e transportes -sob Impostos exagerados e custos demolidores da energia e combustível, aponto o ex. de medida reformadora numa linha de Sines (Transibérica) que aí garanta o transloading das cargas para ligação ferrovia directa ao centro da Europa (“Carta aberta à Ordem dos Engºs – Nova Linha para Sines” em Caderno Economia, Expresso de 12 março 2016), essa miopia recorrente do P.S. ao desperdício é ilusão pela parolice de num futuro poderem reivindicar “nós trouxemos o TGV”, atropelando os custos severos da sua exploração e insustentabilidade bem como os sacrifícios que daí advirão para nossos filhos e netos , obrigados a pagar esse peso do “combóio fantasma”, herança do mesmo P.S. e/ou “bloco central”.

Até no eixo-motor da União Europeia, o “luxo” de algumas Linhas TGV (300Km/hora ou mais) tem a insustentabilidade comprovada à largos anos para distâncias quando abaixo do intervalo 1½ hora – 3horas (SNCF), sendo ptt recorrente a injecção anual de subvenções anuais do Estado Francês à SNFC para manter tais linhas em funcionamento.

Exemplo mais recente de “Grand Vitesse”, isto é a linha Paris-Bordeaux (linha-capital para a rede “Sud Europe Atlantique”), correspondente a 350 km com um custo superior a 1,2 Bilhões de Euros, e sobre a sua taxa de procura e ocupação, a SNCF prefere manter o segredo, não revelando totais de passageiros transportados, que se revelam inferiores a 40% do previsto como indispensável ao sucesso do projecto de 2017.

Do outro lado do Mundo, onde o 1º TGV (Bullet Train) nasceu em Outubro 1964 , quando em nossas linhas férreas ainda circulavam locomotivas a carvão e a miragem para o “Lisboa-Porto” era uma linha dupla e sua electrificação, os “Railway World Masters” (Japão inquestionavelmente), exemplo máximo da eficácia do “ferroviário” como suporte para o desenvolvimento da economia, do outro lado do Mundo, dizia, a limitação protocolar de 1½ a 3 horas como ínfimo limite basilar ao estabelecer qualquer linha TGV (“Shinkansen”) para a exploração sustentável, a obediência a esse protocolo é exemplarmente mais restritiva que na Europa: Segundo as mesmas, a criação de linha TGV em Portugal só seria rentável para a distâncias tipo Porto-Faro, sem parar em Lisboa, claro!

Portanto, a nós Portugueses , cidadãos da periferia e extremo ocidental da Europa, cidadãos do País em que a bitola dos caminhos de ferro ainda é a herdada do “colonialismo” Britânico, para ferroviáriamente nos mantermos isolados e bem comportados no nosso cantinho, sem ter ideias de fazer perigar nem 10% do trânsito de cargas das linhas TransPacífico e TransAtlântico (via novo Panamá) que afluem à Europa por Antuérpia e Roterdam, cargas essas que poderiam ter o transload em Sines para em 2 dias e opção ferroviária estarem no centro da Europa, a nós Portugueses e cidadãos de um país que mantém lugar permanente no pódium da União Europeia para os países mais corruptos, a nós Portugueses, contribuintes dos mais espoliados na Europa por impostos e tarifas para a manutenção de uma arquitectura de Estado que recusa a reestruturação, a nós Portugueses, quais os benefícios que a eterna parolice do «Eu quero um TGV» trará?

Seguramente uns milhões de euros, mas para alguns lobbies e interesses dos detentores da tecnologia/fabrico de TGV , que circulam incólumes pelos “corredores & telefones” do Conselho da Europa com promessas de comissões chorudas… (Preferencialmente tipo  “Siemens”… Já sussurrava há alguns anos e satisfeitíssimo o sr. J. Sócrates aos ouvidos de muitos camaradas, ou não foi assim?)

O Ministro do Ambiente, apontou (23 de Junho na O.E.) um novo ciclo para a economia Portuguesa que em 9-10 anos amealhará 54 Mil Milhões de euros vindos da U.E. , e que como novidade teríamos um TGV Porto-Lisboa! (Afinal, ficámos pelos 15,3+30 Mil Milhões e uns trocos…)

Três semanas antes o Governo encomendara a um privado um plano para o desenvolvimento da Economia Nacional nesse novo ciclo de 10 anos. Por curioso, uma das soluções do estudo, que veio a público 2 semanas após a referida Conferência na O.E. , é uma linha TGV entre Porto e Lisboa… (Coincidência?… De qq forma, a “rapaziada & amigalhaços” em 2 semanas de um “plano” a 10 anos já batia palmas, não é verdade?)

Mas para já-já (de imediato…) a linha referida no plano, seria mais modesta, em troço Porto-Soure para ½ hora de marcha lenta … Qual a inauguração ferroviária (1856) de Lisboa ao Entroncamento em locomotiva a vapor e na tal mesma bitola estreita… Devagar, devagarinho, mas agora…num TGV, carago!

É só parolice no já exaustivo “Eu também quero um TGV”?…

Afinal parolice não é património da ala que detém o poder no Partido Socialista.  Se nos “melhores panos” cai a nódoa (O Prof Dr. Cavaco Silva, esse maldito que deixou o crédito na dívida Portuguesa no nível AAA, quando já em fase de stress e desgaste, pensou em acertar os relógios Portugueses pelo fuso horário da Alemanha…)  

Logo, se nos “melhores panos” cai a nódoa, então que dizer dos nossos “trapos” actuais?

«54 Mil Milhões de €uros em novo ciclo de 10 anos!» Foi anunciado pelo Governo… (Agora até junta os demais créditos e empréstimos sistemáticos da U.E. para engordar o que o actual 1º Ministro conseguiu, e que foram 45,3 Mil Milhões, contra 54!…)

Mas cuidado!…     A Policia Judiciária aponta um montante superior a 2,3 Bilhões de euros como valor sacado fraudulentamente das ajudas Europeias a Portugal no último ciclo de 10 anos…

José Nuno de Lucena Gaia

O novo ciclo da nossa Economia… mas em velocidade TGV !


Logo, se nos “melhores panos” cai a nódoa, então que dizer dos nossos “trapos” actuais?


Quando a 23 de Junho , em plataforma da Ordem dos Engenheiros sobre “Recuperação pós Covid 19”,  o Ministro do Ambiente, João Fernandes, respondendo à pergunta se sabia dos custos de exploração para uma linha TGV Lisboa-Porto, que apresentara como a habitual intenção Socialista para gastar dos (tais…) 54 Bilhões de Euros em dez anos, valor que nessa reunião informou que Portugal irá(ia) receber “emprestados”, o Ministro João Fernandes esclareceu que tal não é importante até porque a União Europeia, num prazo de 10, ou 12, ou mesmo 4 anos irá pôr cobro às linhas aéreas entre regiões (500km) … Coitados dos aeroportos do Porto e de Faro !… Mas não se assustem, trata-se de uma extrapolação surreal para o nosso território do que é comum em algumas regiões-motores da Economia Europeia, dada a saturação de corredores aéreos, notavelmente eixo Franco-Alemão.

Óbvio que o sr. Ministro João Fernandes e outros, preferirão (?) ignorar que, o que é alternativa nessas algumas regiões por saturação da via aérea, não é replicável no nosso cantinho e extremo Ibérico. E contudo nessas regiões o panorama nem sempre é tão maravilhoso como parecia em solução TGV: O reforço da linha TGV Paris-Lyon, crucial ao centro da Europa e de custo acima de 600 Milhões de Euros, levanta aos Gauleses a questão se estará ao alcance do cidadão médio francês, com um nível de vida bem superior ao da média em Portugal…

Assim, este recurso repetitivo e míope à miragem que um TGV nos trará o desenvolvimento económico da França ou Alemanha , e enquanto o Governo se recusa a revitalizar com medidas fundamentais a nossas industrias e transportes -sob Impostos exagerados e custos demolidores da energia e combustível, aponto o ex. de medida reformadora numa linha de Sines (Transibérica) que aí garanta o transloading das cargas para ligação ferrovia directa ao centro da Europa (“Carta aberta à Ordem dos Engºs – Nova Linha para Sines” em Caderno Economia, Expresso de 12 março 2016), essa miopia recorrente do P.S. ao desperdício é ilusão pela parolice de num futuro poderem reivindicar “nós trouxemos o TGV”, atropelando os custos severos da sua exploração e insustentabilidade bem como os sacrifícios que daí advirão para nossos filhos e netos , obrigados a pagar esse peso do “combóio fantasma”, herança do mesmo P.S. e/ou “bloco central”.

Até no eixo-motor da União Europeia, o “luxo” de algumas Linhas TGV (300Km/hora ou mais) tem a insustentabilidade comprovada à largos anos para distâncias quando abaixo do intervalo 1½ hora – 3horas (SNCF), sendo ptt recorrente a injecção anual de subvenções anuais do Estado Francês à SNFC para manter tais linhas em funcionamento.

Exemplo mais recente de “Grand Vitesse”, isto é a linha Paris-Bordeaux (linha-capital para a rede “Sud Europe Atlantique”), correspondente a 350 km com um custo superior a 1,2 Bilhões de Euros, e sobre a sua taxa de procura e ocupação, a SNCF prefere manter o segredo, não revelando totais de passageiros transportados, que se revelam inferiores a 40% do previsto como indispensável ao sucesso do projecto de 2017.

Do outro lado do Mundo, onde o 1º TGV (Bullet Train) nasceu em Outubro 1964 , quando em nossas linhas férreas ainda circulavam locomotivas a carvão e a miragem para o “Lisboa-Porto” era uma linha dupla e sua electrificação, os “Railway World Masters” (Japão inquestionavelmente), exemplo máximo da eficácia do “ferroviário” como suporte para o desenvolvimento da economia, do outro lado do Mundo, dizia, a limitação protocolar de 1½ a 3 horas como ínfimo limite basilar ao estabelecer qualquer linha TGV (“Shinkansen”) para a exploração sustentável, a obediência a esse protocolo é exemplarmente mais restritiva que na Europa: Segundo as mesmas, a criação de linha TGV em Portugal só seria rentável para a distâncias tipo Porto-Faro, sem parar em Lisboa, claro!

Portanto, a nós Portugueses , cidadãos da periferia e extremo ocidental da Europa, cidadãos do País em que a bitola dos caminhos de ferro ainda é a herdada do “colonialismo” Britânico, para ferroviáriamente nos mantermos isolados e bem comportados no nosso cantinho, sem ter ideias de fazer perigar nem 10% do trânsito de cargas das linhas TransPacífico e TransAtlântico (via novo Panamá) que afluem à Europa por Antuérpia e Roterdam, cargas essas que poderiam ter o transload em Sines para em 2 dias e opção ferroviária estarem no centro da Europa, a nós Portugueses e cidadãos de um país que mantém lugar permanente no pódium da União Europeia para os países mais corruptos, a nós Portugueses, contribuintes dos mais espoliados na Europa por impostos e tarifas para a manutenção de uma arquitectura de Estado que recusa a reestruturação, a nós Portugueses, quais os benefícios que a eterna parolice do «Eu quero um TGV» trará?

Seguramente uns milhões de euros, mas para alguns lobbies e interesses dos detentores da tecnologia/fabrico de TGV , que circulam incólumes pelos “corredores & telefones” do Conselho da Europa com promessas de comissões chorudas… (Preferencialmente tipo  “Siemens”… Já sussurrava há alguns anos e satisfeitíssimo o sr. J. Sócrates aos ouvidos de muitos camaradas, ou não foi assim?)

O Ministro do Ambiente, apontou (23 de Junho na O.E.) um novo ciclo para a economia Portuguesa que em 9-10 anos amealhará 54 Mil Milhões de euros vindos da U.E. , e que como novidade teríamos um TGV Porto-Lisboa! (Afinal, ficámos pelos 15,3+30 Mil Milhões e uns trocos…)

Três semanas antes o Governo encomendara a um privado um plano para o desenvolvimento da Economia Nacional nesse novo ciclo de 10 anos. Por curioso, uma das soluções do estudo, que veio a público 2 semanas após a referida Conferência na O.E. , é uma linha TGV entre Porto e Lisboa… (Coincidência?… De qq forma, a “rapaziada & amigalhaços” em 2 semanas de um “plano” a 10 anos já batia palmas, não é verdade?)

Mas para já-já (de imediato…) a linha referida no plano, seria mais modesta, em troço Porto-Soure para ½ hora de marcha lenta … Qual a inauguração ferroviária (1856) de Lisboa ao Entroncamento em locomotiva a vapor e na tal mesma bitola estreita… Devagar, devagarinho, mas agora…num TGV, carago!

É só parolice no já exaustivo “Eu também quero um TGV”?…

Afinal parolice não é património da ala que detém o poder no Partido Socialista.  Se nos “melhores panos” cai a nódoa (O Prof Dr. Cavaco Silva, esse maldito que deixou o crédito na dívida Portuguesa no nível AAA, quando já em fase de stress e desgaste, pensou em acertar os relógios Portugueses pelo fuso horário da Alemanha…)  

Logo, se nos “melhores panos” cai a nódoa, então que dizer dos nossos “trapos” actuais?

«54 Mil Milhões de €uros em novo ciclo de 10 anos!» Foi anunciado pelo Governo… (Agora até junta os demais créditos e empréstimos sistemáticos da U.E. para engordar o que o actual 1º Ministro conseguiu, e que foram 45,3 Mil Milhões, contra 54!…)

Mas cuidado!…     A Policia Judiciária aponta um montante superior a 2,3 Bilhões de euros como valor sacado fraudulentamente das ajudas Europeias a Portugal no último ciclo de 10 anos…

José Nuno de Lucena Gaia