“O ponto mais crítico desta contração económica já ficou para trás”, acredita Siza Vieira

“O ponto mais crítico desta contração económica já ficou para trás”, acredita Siza Vieira


Resposta do Executivo “tem sido, desde o primeiro momento, flexível e aberta, para tentar responder às circunstâncias que vão mudando”, sublinhou Siza Vieira.


O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, acredita que o pior já passou. "Hoje mesmo tivemos notícias do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) que nos levam a pensar que, de facto, o ponto mais crítico desta contração económica já ficou para trás", afirmou, em declarações aos jornalistas.

Para Siza Vieira, apesar de se assistir ainda "ao crescimento do número de desempregados", verifica-se que "em junho já houve mais ofertas de emprego e mais colocações de trabalhadores do que em maio".

"Ainda é muito pouco, mas claramente já existe aqui um abrandamento na subida de desemprego", sublinhou.

"Foi muito importante verificar na resposta ao inquérito do INE que 99% das empresas dizem que já estão em funcionamento e que as perspetivas de liquidez são agora melhores do que foram em abril", acrescentou, referindo-se a um período durante o qual vigorava o estado de emergência devido à pandemia de covid-19.

"Agora, que a atividade económica começa a retomar, embora lentamente, o apoio [às empresas] tem de ser dirigido para comparticipar e apoiar o pagamento dos salários que ainda não estão a trabalhar em pleno", afirmou.

O ministro defendeu que “é preciso trabalhar muito de perto com as empresas, no sentido de ajudar a atravessar estes momentos difíceis, este vale profundo de uma contração muito grande da procura para que, no próximo ano, possamos estar todos nas melhores condições para aproveitar a retoma do mercado". E lembrou que "as empresas portuguesas têm à sua disposição uma panóplia muito grande de apoios, em função da sua própria situação".

Por último, Siza Vieira fez questão de sublinhar que a resposta do Executivo "tem sido, desde o primeiro momento, flexível e aberta, para tentar responder às circunstâncias que vão mudando".