Índia registou hoje mais de um milhão de infetados

Índia registou hoje mais de um milhão de infetados


“Enquanto a atenção do mundo está centrada na crise em curso nos Estados Unidos e na América do Sul, uma tragédia humana semelhante está a emergir rapidamente no Sul da Ásia”, disse um responsável regional da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, John Fleming.


As autoridades indianas registaram, esta sexta-feira, 34.956 novos casos de covid-19, o que faz com que o país tenha ultrapassado a barreira do milhão de de casos, tendo, no total, 1.003.832 casos registados até agora.

Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde registou ainda 687 mortes, um novo máximo no número de óbitos diários. Desde o início da pandemia, já foram registadas 25.602 mortes associadas à doença.

Maharashtra, Delhi e Tamil Nadu são os estados indianos onde se regista mais de de metade do número total de casos, mas também nas regiões rurais da Índia o número casos registados diariamente está a aumentar.

"A aceleração de casos continua a ser o principal desafio para a Índia nos próximos dias", disse o diretor do Harvard Global Health Institute, à agência Associated Press. Ashish Jha sublinhou que há uma grande percentagem de infeções que continua a não ser detetada.

As medidas de confinamento começaram a ser reintroduzidas nos últimos dias, de forma a tentar conter a propagação. O Governo indiano ordenou que entre a última e a próxima terça-feira, 14 e 21 de julho, respetivamente, fosse feita quarentena em Bangalore, onde se situam filiais da Microsoft, Apple e Amazon.

Duas semanas depois de o turismo voltar a ser autorizado em Goa, o Governo anunciou medidas de confinamento.  Em Bihar, um estado com cerca de 128 milhões de habitantes, foi anunciada uma quarentena de duas semanas na quinta-feira.

No Uttar Pradesh, o estado mais populoso, com mais de 200 milhões de pessoas, as autoridades instauraram o recolher obrigatório ao fim de semana, que deverá permanecer em vigor até ao final do mês.

A Índia é o terceiro país do mundo com o maior número número de infetados, depois dos Estados Unidos e Brasil.

"Enquanto a atenção do mundo está centrada na crise em curso nos Estados Unidos e na América do Sul, uma tragédia humana semelhante está a emergir rapidamente no Sul da Ásia", disse um responsável regional da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, John Fleming.

Até ao último balanço da agência France Press., foram registadas, em todo o mundo, mais de 585 mil mortes. Desde o início da pandemia, mais de 13,6 milhões de pessoas foram infetadas com o novo coronavírus.