A Secretária de Estado do Turismo not All(garve)-inclusive


Foi preciso esperar por ontem, quarta-feira, dia 8 de julho, para se saber do paradeiro político da atua Secretária de Estado do Turismo.


À margem de uma iniciativa no Porto, a governante Rita Marques conseguiu finalmente aparecer após meses de silêncio sobre tudo no geral e também sem palavras face à triste notícia de 3 de julho em particular.

De facto, é inquestionável que o silêncio de quem se esperam muitas palavras com soluções para milhares de portugueses é um erro.

Se os últimos meses, em virtude da pandemia provocada pela COVID-19, foram dolorosos para a ambição ligada ao setor do Turismo, esta última semana teve contornos macabros sob forma de uma «machadada» económica quase final sobre o Algarve quando o Governo de Boris Johnson anunciou que todos nós chumbávamos (em Portugal Continental) na segurança para pertencer à lista de países seguros para corredor aéreo britânico.

Mas, já lá vamos, comecemos pelo muito pouco que ontem, no Porto, só agora em pleno mês de julho, quase quatro meses após o início pandémico, disse a Secretária de Estado do Turismo.

Podemos começar por uma das maiores meras verdades de La Palice que há memória nesta legislatura. Disse a governante Rita Marques acreditar que, parafraseando, «se as rotas aéreas forem recuperadas, o país tem "uma forte probabilidade" de recuperar "mais rápido" a atividade turística.»

Ok… E novidades? Então e se as rotas aéreas não forem recuperadas, que tem o Governo como solução? Qual o plano económico que defende a Senhora Governante? E para estas semanas de «chumbo» no corredor turístico britânico, que pode dizer a Secretária de Estado do Turismo à região Algarvia que está e vive em pânico por ver “os seus meses” não serem o que sempre conseguiram ser?

Faço a natural declaração de interesses: Sou Algarvio.

Faço uma segunda declaração, de honestidade intelectual: Trabalhei, como milhares de jovens algarvio, no setor da restauração da região na época alta de verão.

Faço uma última declaração, de rigor e conhecimento: Tenho parte da família ligada ao setor do Turismo e, desde que me lembro de mim mesmo, sempre absorvi muitas conversas e comparei números do Turismo de Portugal ao mesmo tempo que tinha acesso aos números de dormidas e taxas de ocupação hoteleira.

Isto podia, evidentemente, não valer de nada também. É um facto, podiam ser apenas três casualidades aleatórias. Não chega ter ligações ou ter vivenciado e experienciado profissionalmente a época alta da região, é preciso ler, estudar, conhecer as pessoas da área e ouvir muito também.

Sobre o Algarve, de resto, é muito negativo o distanciamento político (e social mas não do devido à Saúde Pública) da Secretária de Estado sobre a região que mais sai prejudicada da decisão britânica da passada semana. E, vendo o que disse ontem no Porto, percebe-se que se isto fosse uma reserva para uma unidade hoteleira chamada Portugal, a Secretária de Estado não optaria por regime All-Inclusive porque exclui o Algarve das suas prioridades.

Era fundamental o Algarve, e os algarvios, ter tido uma palavra da Secretária de Estado do Turismo. Ter-se assistido e visto a governante Rita Marques sentada à mesa, a trabalhar, a reunir e ouvir, no Algarve com os agentes políticos e todos os que estão ligados ao setor turístico da região. Era fundamental saber que tem e esteve a propor ideias, soluções e a dar confiança e esperança a uma região que se viu abalada pela COVID-19 durante meses e, agora, após o comunicado britânico de 3 de julho, vê novamente dificuldades.

Aliás, e como comparativo, ainda há poucos dias, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa deu o exemplo que a Senhora Secretária de Estado do Turismo devia ter já dado ou, agora, deve seguir. Esteve esta segunda-feira, dia 6 de julho, num jantar com os autarcas da região, em Monte Gordo, numa iniciativa que partiu do próprio Chefe de Estado. Disse o Presidente Marcelo, inclusive, que passará a ir, “pelo menos uma vez por semana”, ao Algarve, enquanto igualmente defendia perante autarcas e membros da Região de Turismo que é preciso “puxar pelo Algarve” e que a região irá “contar com ele”. Bem. Um ótimo começo. Um exemplo de quem percebe que o Algarve é fundamental em todos os 12 meses, mas, para o país, é evidentemente liderante nestes meses de verão.

No entanto, a par das visitas, que são importantes no sentido de se ouvir e ver a realidade ao passo que se sente o pulso real do que vivem os empresários e comerciantes, é fundamental apresentar-se soluções.

Os algarvios, e não só, mais do que os “Se’s” que ontem se ouviu de quem tutela o Turismo, devem saber que propostas já tem o Governo programadas. Podem ser várias. Pode-se discutir e debater como. Podem, a título de exemplo, vir ao nível de alargamento dos períodos de moratória de obrigações fiscais e contributivas, pode-se falar no aumento de percentagem para as empresas na garantia pública, pode-se estudar a suspensão do pagamento por conta às empresas e recibos verdes em 2020, pode-se voltar atrás nas alterações que existiram e revogar o regime dos residentes não habituais potenciando a economia com o que podem trazer os estrangeiros na região algarvia, etc. Estes são apenas exemplos de propostas. Mas que propõe o Governo e o que pode dizer a Secretária de Estado à região mãe do Turismo português?

Nestas últimas meia dúzia de linhas já se discutiu mais o Algarve do que em meses disse a Secretária de Estado do Turismo. Anteontem, é certo, o Ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, Governo está a preparar programa específico de apoio ao Algarve. É algo, vago, mas é algo que a sua colega governante não teve força política de o fazer perante a região motor do Turismo nacional.

E sobre os voos, sabendo que a Secretária de Estado Rita Marques disse ontem publicamente algo como “ah e tal, vamos ter na mesma 2 mil voos do Reino Unido até final de setembro” como quem diz “não há problema nenhum quanto à decisão do Reino Unido em deixar Portugal fora da lista de destinos seguros para viajar”… Por favor. É poucochinho, já diria alguém, é muito poucochinho para quem deve ter soluções e não desculpas. Querer fazer passar a ideia de que não há problema nenhum é lamentável para alguém com tamanha responsabilidade.

Quem ouviu ou leu a Secretária de Estado do Turismo, ontem, pensa que das duas, uma: Ou não quer saber do Algarve ou não tem mesmo ideia nenhuma do que pode fazer para auxiliar o Turismo do Sul, do Centro e do Norte. Uma coisa sabemos: Sobre as dificuldades da região Algarvia face à situação britânica, não disse nada.

Mas qual a importância e porque deve Portugal atuar sobre esta decisão britânica?

Os britânicos representam, deve saber a Senhora Secretária de Estado, cerca de 40% da totalidade de chegadas que o Algarve regista nos principais meses de verão. Em 2019, dizem números oficiais, o Algarve recebeu 2 milhões de britânicos. Desses milhões de cidadãos britânicos, gerou-se uma receita direta em dormidas na ordem dos mil milhões de euros. E, se pensarmos na economia paralela que é potenciada com este mercado, o valor económico é calculado a perto de 3 mil milhões de euros. É um número enorme para uma região.

No silêncio de palavras de Rita Marques, fica Portugal inteiro, sozinho, a pensar no impacto económico brutal que pode ter a decisão britânica. Sem voyeurismos, ou futurologias, como fez Rita Marques, os números do Turismo de Portugal afirmam, a nível total do país, que os mais de 9 milhões de turistas britânicos geraram, só em dormidas em 2019, 3.3 mil milhões de euros… só em dormidas, repito. Isoladamente: 3,3 mil milhões de euros. 

Mas, uma semana depois da «Bomba atómica», como designou a Confederação de Empresários do Algarve (CEAL), relativamente à economia da região, a decisão britânica de exclusão do nosso país dos corredores aéreos seguros, não se ouviu uma ideia do Governo.

Já entendemos, comparando números, a relevância maior que existe para quem tem maior procura nesta fase do ano, o Algarve. Porém, interessa ver que é problema de todo o país e não só para o perto de meio milhão de algarvios. É um problema para os dez milhões de Portugueses.

​​Segundo o Turismo de Portugal, foram registados números acima dos 16 milhões de hóspedes, estrangeiros, que o nosso País recebeu em 2019.

Porém, podemos analisar de forma separada e validar a importância de quem não tem confiança em voar para Portugal de outra forma. Num total de 69,8 milhões de dormidas em 2019 (48,8 milhões de dormidas de estrangeiro e 21,1 milhões de dormidas de nacionais), os principais mercados emissores para Portugal foram:

– Reino Unido (9,4 milhões)

– Alemanha (5,9 milhões)

– Espanha (5,2 milhões)

Podemos, mais do que palavras vazias, concluir que Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal com 19,3% das dormidas de estrangeiros em 2019. Para além deste impactante número, os dados do INE refletem sucessivos crescimentos desde 2013 com apenas uma quebra em 2018.

Se quisermos dividir o país, os destinos preferenciais dos hóspedes britânicos foram o Algarve (63,4% das dormidas do mercado), a Madeira (18,5%) e a Área Metropolitana de Lisboa (10,8%).

Aqui, nesta divisão, vê-se e percebe-se a relevância (maior região recetora de turistas) dentro da relevante comunidade britânica (o maior mercado emissor de turistas) do Algarve.

É hora da Secretária de Estado do Turismo desconfinar. Que desconfine mas confinada de ideias que seguramente deve recolher em todos os 308 concelhos do país, junto de autarcas, em reuniões com os seus pares de Governo e sobretudo junto de entidades de Turismo e associações ligadas ao setor.

Em suma, que seja mais “All-inclusive” e veja que o Algarve é prioridade. Que merece estatuto prioritário pelo que retribui em economia, credibilidade e pela região que bem acolhe milhões de pessoas. O Algarve merece ser incluído e não merece o silêncio que se lhe tem dado por quem mais precisa do Algarve: a tutela do Turismo e a sua Secretária de Estado. 


A Secretária de Estado do Turismo not All(garve)-inclusive


Foi preciso esperar por ontem, quarta-feira, dia 8 de julho, para se saber do paradeiro político da atua Secretária de Estado do Turismo.


À margem de uma iniciativa no Porto, a governante Rita Marques conseguiu finalmente aparecer após meses de silêncio sobre tudo no geral e também sem palavras face à triste notícia de 3 de julho em particular.

De facto, é inquestionável que o silêncio de quem se esperam muitas palavras com soluções para milhares de portugueses é um erro.

Se os últimos meses, em virtude da pandemia provocada pela COVID-19, foram dolorosos para a ambição ligada ao setor do Turismo, esta última semana teve contornos macabros sob forma de uma «machadada» económica quase final sobre o Algarve quando o Governo de Boris Johnson anunciou que todos nós chumbávamos (em Portugal Continental) na segurança para pertencer à lista de países seguros para corredor aéreo britânico.

Mas, já lá vamos, comecemos pelo muito pouco que ontem, no Porto, só agora em pleno mês de julho, quase quatro meses após o início pandémico, disse a Secretária de Estado do Turismo.

Podemos começar por uma das maiores meras verdades de La Palice que há memória nesta legislatura. Disse a governante Rita Marques acreditar que, parafraseando, «se as rotas aéreas forem recuperadas, o país tem "uma forte probabilidade" de recuperar "mais rápido" a atividade turística.»

Ok… E novidades? Então e se as rotas aéreas não forem recuperadas, que tem o Governo como solução? Qual o plano económico que defende a Senhora Governante? E para estas semanas de «chumbo» no corredor turístico britânico, que pode dizer a Secretária de Estado do Turismo à região Algarvia que está e vive em pânico por ver “os seus meses” não serem o que sempre conseguiram ser?

Faço a natural declaração de interesses: Sou Algarvio.

Faço uma segunda declaração, de honestidade intelectual: Trabalhei, como milhares de jovens algarvio, no setor da restauração da região na época alta de verão.

Faço uma última declaração, de rigor e conhecimento: Tenho parte da família ligada ao setor do Turismo e, desde que me lembro de mim mesmo, sempre absorvi muitas conversas e comparei números do Turismo de Portugal ao mesmo tempo que tinha acesso aos números de dormidas e taxas de ocupação hoteleira.

Isto podia, evidentemente, não valer de nada também. É um facto, podiam ser apenas três casualidades aleatórias. Não chega ter ligações ou ter vivenciado e experienciado profissionalmente a época alta da região, é preciso ler, estudar, conhecer as pessoas da área e ouvir muito também.

Sobre o Algarve, de resto, é muito negativo o distanciamento político (e social mas não do devido à Saúde Pública) da Secretária de Estado sobre a região que mais sai prejudicada da decisão britânica da passada semana. E, vendo o que disse ontem no Porto, percebe-se que se isto fosse uma reserva para uma unidade hoteleira chamada Portugal, a Secretária de Estado não optaria por regime All-Inclusive porque exclui o Algarve das suas prioridades.

Era fundamental o Algarve, e os algarvios, ter tido uma palavra da Secretária de Estado do Turismo. Ter-se assistido e visto a governante Rita Marques sentada à mesa, a trabalhar, a reunir e ouvir, no Algarve com os agentes políticos e todos os que estão ligados ao setor turístico da região. Era fundamental saber que tem e esteve a propor ideias, soluções e a dar confiança e esperança a uma região que se viu abalada pela COVID-19 durante meses e, agora, após o comunicado britânico de 3 de julho, vê novamente dificuldades.

Aliás, e como comparativo, ainda há poucos dias, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa deu o exemplo que a Senhora Secretária de Estado do Turismo devia ter já dado ou, agora, deve seguir. Esteve esta segunda-feira, dia 6 de julho, num jantar com os autarcas da região, em Monte Gordo, numa iniciativa que partiu do próprio Chefe de Estado. Disse o Presidente Marcelo, inclusive, que passará a ir, “pelo menos uma vez por semana”, ao Algarve, enquanto igualmente defendia perante autarcas e membros da Região de Turismo que é preciso “puxar pelo Algarve” e que a região irá “contar com ele”. Bem. Um ótimo começo. Um exemplo de quem percebe que o Algarve é fundamental em todos os 12 meses, mas, para o país, é evidentemente liderante nestes meses de verão.

No entanto, a par das visitas, que são importantes no sentido de se ouvir e ver a realidade ao passo que se sente o pulso real do que vivem os empresários e comerciantes, é fundamental apresentar-se soluções.

Os algarvios, e não só, mais do que os “Se’s” que ontem se ouviu de quem tutela o Turismo, devem saber que propostas já tem o Governo programadas. Podem ser várias. Pode-se discutir e debater como. Podem, a título de exemplo, vir ao nível de alargamento dos períodos de moratória de obrigações fiscais e contributivas, pode-se falar no aumento de percentagem para as empresas na garantia pública, pode-se estudar a suspensão do pagamento por conta às empresas e recibos verdes em 2020, pode-se voltar atrás nas alterações que existiram e revogar o regime dos residentes não habituais potenciando a economia com o que podem trazer os estrangeiros na região algarvia, etc. Estes são apenas exemplos de propostas. Mas que propõe o Governo e o que pode dizer a Secretária de Estado à região mãe do Turismo português?

Nestas últimas meia dúzia de linhas já se discutiu mais o Algarve do que em meses disse a Secretária de Estado do Turismo. Anteontem, é certo, o Ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, Governo está a preparar programa específico de apoio ao Algarve. É algo, vago, mas é algo que a sua colega governante não teve força política de o fazer perante a região motor do Turismo nacional.

E sobre os voos, sabendo que a Secretária de Estado Rita Marques disse ontem publicamente algo como “ah e tal, vamos ter na mesma 2 mil voos do Reino Unido até final de setembro” como quem diz “não há problema nenhum quanto à decisão do Reino Unido em deixar Portugal fora da lista de destinos seguros para viajar”… Por favor. É poucochinho, já diria alguém, é muito poucochinho para quem deve ter soluções e não desculpas. Querer fazer passar a ideia de que não há problema nenhum é lamentável para alguém com tamanha responsabilidade.

Quem ouviu ou leu a Secretária de Estado do Turismo, ontem, pensa que das duas, uma: Ou não quer saber do Algarve ou não tem mesmo ideia nenhuma do que pode fazer para auxiliar o Turismo do Sul, do Centro e do Norte. Uma coisa sabemos: Sobre as dificuldades da região Algarvia face à situação britânica, não disse nada.

Mas qual a importância e porque deve Portugal atuar sobre esta decisão britânica?

Os britânicos representam, deve saber a Senhora Secretária de Estado, cerca de 40% da totalidade de chegadas que o Algarve regista nos principais meses de verão. Em 2019, dizem números oficiais, o Algarve recebeu 2 milhões de britânicos. Desses milhões de cidadãos britânicos, gerou-se uma receita direta em dormidas na ordem dos mil milhões de euros. E, se pensarmos na economia paralela que é potenciada com este mercado, o valor económico é calculado a perto de 3 mil milhões de euros. É um número enorme para uma região.

No silêncio de palavras de Rita Marques, fica Portugal inteiro, sozinho, a pensar no impacto económico brutal que pode ter a decisão britânica. Sem voyeurismos, ou futurologias, como fez Rita Marques, os números do Turismo de Portugal afirmam, a nível total do país, que os mais de 9 milhões de turistas britânicos geraram, só em dormidas em 2019, 3.3 mil milhões de euros… só em dormidas, repito. Isoladamente: 3,3 mil milhões de euros. 

Mas, uma semana depois da «Bomba atómica», como designou a Confederação de Empresários do Algarve (CEAL), relativamente à economia da região, a decisão britânica de exclusão do nosso país dos corredores aéreos seguros, não se ouviu uma ideia do Governo.

Já entendemos, comparando números, a relevância maior que existe para quem tem maior procura nesta fase do ano, o Algarve. Porém, interessa ver que é problema de todo o país e não só para o perto de meio milhão de algarvios. É um problema para os dez milhões de Portugueses.

​​Segundo o Turismo de Portugal, foram registados números acima dos 16 milhões de hóspedes, estrangeiros, que o nosso País recebeu em 2019.

Porém, podemos analisar de forma separada e validar a importância de quem não tem confiança em voar para Portugal de outra forma. Num total de 69,8 milhões de dormidas em 2019 (48,8 milhões de dormidas de estrangeiro e 21,1 milhões de dormidas de nacionais), os principais mercados emissores para Portugal foram:

– Reino Unido (9,4 milhões)

– Alemanha (5,9 milhões)

– Espanha (5,2 milhões)

Podemos, mais do que palavras vazias, concluir que Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal com 19,3% das dormidas de estrangeiros em 2019. Para além deste impactante número, os dados do INE refletem sucessivos crescimentos desde 2013 com apenas uma quebra em 2018.

Se quisermos dividir o país, os destinos preferenciais dos hóspedes britânicos foram o Algarve (63,4% das dormidas do mercado), a Madeira (18,5%) e a Área Metropolitana de Lisboa (10,8%).

Aqui, nesta divisão, vê-se e percebe-se a relevância (maior região recetora de turistas) dentro da relevante comunidade britânica (o maior mercado emissor de turistas) do Algarve.

É hora da Secretária de Estado do Turismo desconfinar. Que desconfine mas confinada de ideias que seguramente deve recolher em todos os 308 concelhos do país, junto de autarcas, em reuniões com os seus pares de Governo e sobretudo junto de entidades de Turismo e associações ligadas ao setor.

Em suma, que seja mais “All-inclusive” e veja que o Algarve é prioridade. Que merece estatuto prioritário pelo que retribui em economia, credibilidade e pela região que bem acolhe milhões de pessoas. O Algarve merece ser incluído e não merece o silêncio que se lhe tem dado por quem mais precisa do Algarve: a tutela do Turismo e a sua Secretária de Estado.