“Não há previsão, não há calendário” para a abertura dos bares e discotecas, garantiu ao i a secretária-geral da Ahresp. Ana Jacinto lembra que, na semana passada, foi apresentado ao Governo um guia de boas práticas a aplicar a estas atividades, mas continua à espera que seja validado esse código. “O setor discutiu connosco as medidas e apoiou-as, no sentido de criar regras para que os espaços sejam reabertos o mais rapidamente possível”, refere.
De acordo com a responsável, a manutenção destes estabelecimentos fechados continua a dar espaço para a realização de festas ilegais e ajuntamentos, como temos assistido quase diariamente um pouco por todo o país. Ainda este sábado, a PSP foi chamada para dispersar um ajuntamento, no centro da cidade do Porto, com mais de 100 pessoas.
A questão, de acordo com Ana Jacinto, pode ganhar contornos maiores com o início das férias escolares e com o bom tempo. “Com os bares e discotecas fechados, obviamente que motivamos ajuntamentos fora daquilo que são espaços controlados”. E questiona o Governo: “O que é preferível, termos espaços controlados, com regras específicas, ou manter estes espaços fechados e fazerem esses ajuntamentos onde quer que seja? Isto é totalmente absurdo”. A responsável lembra que, a par dos ajuntamentos, ainda é frequente existir mercado ilegal de venda de bebidas alcoólicas.
Cenário diferente vive-se na Galiza, em Espanha, que anunciou a abertura das discotecas a 1 de julho, mas que só podem abrir até 30% da clientela habitual. O uso de máscaras pelos clientes é obrigatório nesses espaços, assim como deixarem o número de telemóvel para que possam ser localizados no caso de ser necessário fazer um rastreio de contágios.