A Associação Nacional de Restaurantes (PRO.VAR) alertou nesta terça-feira para o encerramento de "40.000 empresas e ao despedimento de 150.000 trabalhadores” a que estima que levará o veto do Presidente da República ao apoio social extraordinário aos sócios-gerentes.
"A associação garante que muito em breve iremos assistir ao encerramento, de pelo menos 40.000 empresas e ao despedimento de 150.000 trabalhadores", afirma a PRO.VAR numa nota citada pela agência Lusa.
A PRO.VAR havia já alertado para o facto de os apoios anunciados pelo Governo serem “muito insuficientes” para enfrentar a situação de crise em que mergulhou o setor. Depois do veto desta terça-feira, a situação torna-se, afirma, "ainda mais difícil, prevendo-se o encerramento ainda mais acelerado”.
Segundo a associação, é para estes números que apontam “vários inquéritos” e a análise feita às 812 empresas que responderam a esses mesmos inquéritos realizados entre 13 de abril e 19 de junho, segundo os quais “mais de 50% das empresas não tiveram acesso às linhas de crédito de apoio à tesouraria” e que das que reuniram "condições de acesso às linhas de crédito e que têm pedidos de crédito aprovados, ainda se encontram cerca de 40% a aguardar por essas verbas".
Também segundo os inquéritos citados pela PRO.VAR, metade dos espaços de restauração registam quebras “superiores a 80%”, dois em cada três superiores a 70% e um em cada três registam “quebras menores”. Ainda assim, “a maioria das quebras situam-se entre os 30% e os 60%”.
