A Liga dos Campeões vai regressar a Portugal, com Lisboa a ficar de novo em destaque no mapa dos adeptos do desporto-rei. A UEFA confirmou ontem que a capital portuguesa foi a cidade escolhida para acolher a fase final da mais importante prova de clubes da Europa, que será concluída entre os dias 12 e 23 de agosto. Os estádios da Luz e José Alvalade estão, assim, a postos para receber esta final a oito, com encontros referentes aos quartos-de-final (agendados para entre 12 e 15 do próximo mês) e meias-finais (dias 18 e 19), eliminatórias que desta vez vão ser disputadas num jogo único. Já o jogo derradeiro irá acontecer no dia 23, no estádio dos encarnados. Após seis anos, o recinto do Benfica volta a receber o encontro decisivo da prova milionária: em 2013/14, o Real Madrid de Cristiano Ronaldo venceu a competição após bater o rival Atlético de Madrid (4-1, após prolongamento).
Por esta altura, Atlético de Madrid, Atalanta, Leipzig e Paris Saint-Germain já estão apurados para os quartos, faltando ainda disputar quatro jogos da segunda mão dos oitavos (Manchester City-Real Madrid, Juventus-Lyon, FC Barcelona-Nápoles e Bayern Munique-Chelsea). De notar que estes quatro jogos em falta estão previstos para os dias 7 e 8 de agosto e podem vir a decorrer no Porto e em Guimarães caso não aconteçam nos recintos dos respetivos clubes.
A equipa de Munique e os citizens de Bernardo Silva e João Cancelo estão neste momento mais perto de marcar presença nesta fase final inédita, uma vez que estão em vantagem após vencerem Chelsea e Real Madrid, fora, por 3-0 e 2-1, respetivamente, nos jogos da primeira mão. Já o Barcelona e o Nápoles têm a eliminatória em aberto após o empate a uma bola, em Itália, enquanto a Juventus de CR7 precisa de dar a volta após ter saído derrotada (1-0) de França diante do Lyon.
Recorde-se que será encontrado um novo campeão europeu, já que o Liverpool, vencedor da prova em 2018/19, foi entretanto eliminado pelos colchoneros de João Félix (4-2 no conjunto das duas mãos dos oitavos-de-final).
UEFA admite público nas bancadas Ainda durante o dia de ontem, Aleksander Ceferin, presidente do organismo que rege o futebol europeu, não fechou as portas à possibilidade de esta final a oito poder vir a contar com público nas bancadas. Ceferin admitiu, contudo, que este não seria um plano viável caso os jogos fossem realizados hoje, mas que a hipótese continua a ser analisada dada a incerteza da crise pandémica. Após deixar o cenário em aberto, o dirigente prometeu uma decisão final sobre o tema em meados de julho. “Se fosse hoje, não teríamos público nas bancadas, mas as coisas mudam rapidamente. Há um mês não conseguia afirmar se podíamos jogar e agora, felizmente, pode haver jogos. Ainda não decidimos sobre se poderemos ter ou não espetadores, porque iremos fazer uma nova avaliação da situação no início de julho”, afirmou.
Já a diretora-geral da Saúde considerou “precoce” considerar a presença de público nos estádios portugueses. “É precoce dizer [se haverá público]. O que quer que a Direção-Geral da Saúde faça, fá-lo-á avaliando a situação especifica desta competição e em articulação com o parceiro que tem nessa avaliação, que é a Federação Portuguesa de Futebol. Neste momento, é precoce dizer seja o que for”, explicou Graça Freitas, na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19.
Além da Champions, ontem também ficou a saber-se que a fase final da Liga Europa vai decorrer em quatro cidades alemãs: Colónia, Duisburgo, Düsseldorf e Gelsenkirchen. Neste caso, os jogos vão realizar-se entre 10 e 21 de agosto, com a final marcada para Colónia. À semelhança da principal prova europeia de clubes, os encontros ainda por realizar relativos à segunda mão dos oitavos-de–final (Sevilha-AS Roma e Inter-Getafe) vão realizar-se entre 5 e 6 de agosto, estando os locais também por definir.
De notar ainda que os restantes jogos das duas competições sob alçada da UEFA vão poder ter cinco substituições para cada equipa, uma regra excecional que já tem sido adotada no regresso dos principais campeonatos nacionais europeus de modo a proteger os jogadores após longa paragem devido ao novo coronavírus. Nesta linha, os clubes podem ainda inscrever mais três jogadores nas listas entregues para as provas europeias de 2019/20.