Homenagem de Aristides de Sousa Mendes no Panteão Nacional aprovada na AR por unanimidade

Homenagem de Aristides de Sousa Mendes no Panteão Nacional aprovada na AR por unanimidade


Antigo cônsul ser homenageado com um túmulo sem corpo, ou seja não há lugar à trasladação dos restos mortais para o Panteão Nacional.


O projeto de resolução para a homenagem de Aristides Sousa Mendes no Panteão Nacional, apresentado pela deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, foi aprovado, esta terça-feira, por unanimidade na sessão plenária da Assembleia da República.

Sem força de lei, o projeto passa por dar honras de Panteão ao antigo cônsul português, embora seja na forma de um túmulo sem corpo, não implicando assim a habitual trasladação para o Panteão Nacional.

Joacine Katar Moreira propõe que o corpo continue no concelho de Carregal do Sal, onde Aristides Sousa Mendes nasceu e viveu, preservando a importância cultural e económica que a presença do corpo tem no turismo da região.

Sublinhe-se que esta iniciativa legislativa foi apresentada pela deputada em 2019, numa altura em que ainda representava o partido Livre, pelo qual foi eleita, no Parlamento.

A aprovação do projeto contou com assistência nas galerias do Parlamento de membros da família de Aristides Sousa Mendes que, nas palavras de Joacine, importa lembrar "enquanto figura heroica da memória portuguesa, é património nacional, legado ético de todas e todos, é uma herança da sociedade civil e, sobretudo, um exemplo virtuoso para as gerações vindouras".

Recorde-se que durante a Segunda Guerra Mundial, o então cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides Sousa Mendes, emitiu vistos que salvaram milhares de pessoas do Holocausto.