A política mostrava consensualidade e responsabilidade, mas o desconfinamento mostrou que a acalmia política fez mal a alguns governantes.
Nas crises portuguesas os bancos vêm sempre à baila por más razões, agora, foram os 850 milhões para o Novo Banco. Todavia, foram aprovados em Conselho de Ministros e António Costa faz de conta que não sabia.
Mário Centeno conseguiu algo notável em Portugal. Acabou com o paradigma da austeridade e fez com que o défice baixasse quase para zero. Agora já não serve!
António Costa deve muito a Mário Centeno. Convém lembrar que Centeno é quadro do Banco de Portugal, nota-se que está cansado, tem todo o direito de regressar.
Que democracia é esta em que António Costa, secretário-geral de um partido, escolhe um candidato presidencial ( Marcelo Rebelo de Sousa) sem consultar os seus militantes?
Que democracia é esta em que se vai a uma empresa ( Autoeuropa) falar de presidenciais?
Espero bem que António Costa não tenha a veleidade de tentar fazer a Mário Centeno o que fez a António José Seguro, à boleia das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa. Para já, Centeno vai ficar, mas tentaram fazer dele o bode expiatório.
António Costa é hábil, astuto e sagaz que chegue e, nunca deixa fugir uma oportunidade, para satisfazer os seus desígnios. Assim o fez quando formou governo mesmo tendo perdido as eleições e carimbou a sua sobrevivência política.
Agora vai tentar ir à boleia de Marcelo para as presidenciais, para depois embalar e seguir sozinho para as eleições autárquicas.
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores e fundador do Matosinhos Independente