Lisboa com mais espaços pedonais

Lisboa com mais espaços pedonais


Grupo de trabalho para aprovar projetos confirmado pela câmara municipal. Esplanadas vão poder ocupar lugares de estacionamento.


Como forma de ajudar tanto o comércio como a população, depois de meses de confinamento devido à covid-19, um grupo de trabalho específico para agilizar intervenções no espaço público foi aprovado ontem pela Câmara Municipal de Lisboa, permitindo alargar a área das esplanadas até, por exemplo, a lugares de estacionamento. Este grupo terá de aprovar projetos em dez dias e o intuito é levá-los a toda a cidade.

“O objetivo é ajudar perante as dificuldades que o comércio tem atualmente e a necessidade de maior afastamento social. As pessoas vão ficar, muitas delas, sem férias e não vão poder ir à praia. E estes espaços de esplanadas são uma forma de haver algum contacto social, para poderem ter algum ar puro para espairecerem e não entrarem em paranoia. E também para que o comércio possa ocupar a via pública. Há um serviço ao comércio e há um serviço às pessoas”, confirmou ao i o vereador do PSD João Pedro Costa.

A ideia pode passar também por fechar ruas ao trânsito automóvel para facilitar a mobilidade pedonal e, assim, ajudar também os cafés, entre outros estabelecimentos, a recuperar financeiramente. 

O grupo de trabalho, que deverá iniciar as suas funções de imediato, junta vários técnicos municipais, tanto das áreas do Urbanismo, do Comércio e da Cultura como da Mobilidade. O diploma, que terá de ser ainda aprovado pela assembleia municipal, refere que serão os serviços de Mobilidade a solicitar o alargamento de esplanadas a lugares de estacionamento e que terão cinco dias para o fazer.

No Porto, 123 esplanadas já têm autorização da câmara municipal para aumentar a área, num total de mais 810 metros quadrados. Em comunicado, a autarquia já havia revelado que o crescimento vai acontecer principalmente no centro histórico e na Baixa da cidade.

Atualmente, recorde-se, as esplanadas dos cafés, restaurantes e pastelarias só podem funcionar com metade da lotação habitual, devido às restrições impostas pelo Governo.