Cinquenta mulheres detidas por abortarem foram libertadas das prisões de Ruanda

Cinquenta mulheres detidas por abortarem foram libertadas das prisões de Ruanda


Estas mulheres encontram-se inseridas num grupo de cerca de 3600 reclusos que foram libertados e dá seguimento  a um perdão decretado pelo Presidente do Ruanda, que, em outubro, libertou outras 52 mulheres presas por aborto.


O ministro da Justiça do Ruanda, Johnston Busingye, anunciou que o país vai libertar, a partir de esta terça-feira, cerca de 3.600 reclusos para conter a propagação da pandemia da covid-19.

"Depois de saírem da prisão hoje, o Ruanda não terá nenhuma mulher presa condenada por aborto, este grupo de 50 é o último de mulheres condenadas por abortarem", disse o ministro em declarações à agência de notícias espanhola Efe.

A medida anunciada esta terça-feira, dia 19 de maio,  dá seguimento a um perdão decretado pelo Presidente do Ruanda, Paul Kagamé, e surge depois de em outubro o Governo local ter libertado outras 52 mulheres presas por aborto.

Em abril, as autoridades do Ruanda já tinham libertado mais de 1.800 presos para tentar conter a propagação do novo coronavírus, que neste país já causou cerca de 300 infeções.

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.834, com mais de 88 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.764 para 2.834, enquanto os infetados com o vírus da covid-19 passaram de 84.586 para 88.172.