Chega quer plano de confinamento “específico” para comunidade cigana

Chega quer plano de confinamento “específico” para comunidade cigana


“Temos de deixar de fingir que este problema não existe”, diz Ventura, que quer reunir com a direita para entregar uma proposta comum já esta semana.


O Chega considerou ontem que é necessário um “plano de confinamento específico para a comunidade cigana”. Em declarações ao i, André Ventura afirmou que irá abordar o PSD, CDS e Iniciativa Liberal com o objetivo de apresentar, esta semana, uma proposta comum na Assembleia da República.

Apesar de sublinhar que, “perante a Constituição e a lei” o Estado não pode tratar, “face à sua condição étnica, social ou racial”, os cidadãos de formas diferentes, o líder do Chega afirma “são demasiadas” as situações em que se verifica o “incumprimento ou alheamento da comunidade cigana” no que diz respeito às regras impostas pelas autoridades de saúde em contexto de pandemia. “No Alentejo e noutras zonas do país”, esclarece André Ventura, dando o exemplo da Figueira da Foz, onde a GNR procedeu este fim de semana à desmobilização de um ajuntamento de pessoas que protestavam contra atos de vandalismo que têm ocorrido nos últimos tempos.

“Os acontecimentos de Leirosa, na Figueira da Foz, mostram bem que o Chega tinha razão naquilo que diz desde o início: a comunidade cigana acha-se acima das leis e das regras deste país e um sério problema de segurança pública”, defendeu, afirmando compreender o “estado de alma” dos habitantes da zona.

André Ventura considerou ainda que a situação se tornou de tal forma “ostensiva” que os habitantes sentiram a “necessidade” de protestar contra a “impunidade” pratica pela comunidade. “Temos de deixar de fingir que este problema não existe”, defendeu o líder do Chega, explicando que a pandemia de covid-19 é uma “excelente altura” para assumir “o problema” e tomar medidas.