Três semanas depois de ter sido internado com covid-19, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai regressar ao seu cargo esta segunda-feira dia 27 de abril, segundo indicam as agências Efe e Associated Press.
Boris Johnson, de 55 anos, foi o primeiro líder mundial a ser diagnosticado com a doença, em 26 de março, inicialmente com sintomas ligeiros de tosse e febre, o que lhe permitiu continuar a trabalhar numa fase inicial do período de isolamento.
Mas o agravamento do estado de saúde levou ao seu internamento durante uma semana, no Hospital St. Thomas, em 05 de abril, acabando por passar três noites numa unidade de cuidados intensivos, onde foi tratado pelo enfermeiro português, Luís Pitarma.
Em 12 de abril, numa mensagem publicada na rede social Twitter, Boris Jonhson agradeceu a Luís Pitarma e a uma enfermeira da Nova Zelândia pelo tratamento que recebeu durante o internamento no hospital St. Thomas, em Londres.
O regresso de Boris Johnson acontece numa altura em que os números colocam o Reino Unido como o quinto país com mais mortes por covid-19, logo a seguir aos Estados Unidos da América, Itália, Espanha e França.
Os últimos dados dão conta de 20.319 vítimas mortais no Reino Unido pela doença causada pelo novo coronavírus.
O primeiro-ministro britânico terá agora de lidar com as críticas à sua gestão da crise pandémica e às declarações do assessor científico do Governo Patrick Wallace que ainda em março disse que ambicionava limitar o número de vítimas mortais pela covid-19 "a 20.000 ou menos".
A responsável pela pasta da Saúde do Partido Trabalhista, Rosena Allin-Khan, que está atualmente a trabalhar como médica, teceu hoje duras críticas no canal televisivo Sky News à gestão da crise por parte do executivo, nomeadamente por ter decidido o confinamento "demasiado tarde".